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Contos-->Zé alguém -- 13/08/2003 - 16:59 ( Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O silêncio.
Eu adoro silêncio, o foda é que silêncio em cidade grande é artigo de luxo, trabalho num escritório barulhento, é um tal de um gritar no telefone em espanhol e outro gritar em inglês, o chefe reclamar em português, uma torre de babel, uma salada de frases, no fim do dia minha cabeça parece um sino ressonando.
Lá em casa também é do cacete, é a vizinha de cima que fica andando de salto pra lá e pra cá e de vez em quando derruba alguma coisa no chão, o vizinho do lado que resolve catracar a esposa bem na hora que quero ler um livro ou prestar atenção em algum programa de tevê, e a esposa dele dá uns gritos que parece que estão a matando, ou o cara é bom mesmo ou ela é uma tremenda meretriz atriz, vai gritar assim na ponte que partiu para dizer outra coisa, tipo puta queu pariu!
A sorte.
Sou um cara que não tem nenhuma ou quase nada de sorte, fico puto com isso, enquanto uns caras que conheço ganham coisas em rifas, dinheiro em bingo e até fazem quadra na loteria eu nunca ganhei um grampo em porra nenhuma, sou um fudido, estou sempre duro, nunca posso contar com a sorte pra nada, é uma merda isso.
Já até desisti de fazer apostas, sempre perco, posso apostar no meu time e ele pode estar invicto 16 partidas e se eu apostar com um amigo uma caixa de cerveja ou umas dez pilas que ele ganha a próxima partida que o meu time perde e de goleada, vai ser azarento assim na casa do c...
O amor.
Outro dia conheci uma mulher num bar, estava sentado numa boa tomando minha cerveja calado, estava assistindo o jogo do meu time, ele vencia por dois a zero, foram dois bonitos gols, a mulher chegou e perguntou se eu tinha fogo, disse que não, detesto cigarros, depois veio perguntar as horas e depois quem estava jogando, não tinha reparado nela direito, tinha os cabelos pretos escorridos, os olhos negos, uma pele brilhante e com algumas rugas nos olhos, devia ter uns 40 anos e não era de se jogar fora e estava dando muito mole, resolvi que na próxima investida ia dar bola pra ver qual era a dela.
Ela estava sentada sozinha também e pediu outra cerveja, me perguntou se eu queria tomar junto, foi à deixa pra avaliar o produto que me estava sendo oferecido.
Ela tinha um papo fácil e interessante para um sábado à tarde e pra um cara que mora sozinho e os pais moram no interior o jogo acabou e veio novela e depois filme e nós lá numa nice contando histórias, algumas mentiras outras nem tanto, foi petisquinho de frango, de provolone e de mandioca, eu já estava pra lá de Bagdá quando ela me disse que morava ali perto e se eu não queria tomar um café na casa dela.
Foi uma noite inesquecível, demos umas três e depois dormimos enrolados um no outro, quando levantei e ela ainda dormia, nunca mais voltei a vê-la.
Amor só conheci uma vez, Dalva minha primeira namorada, aquilo sim que era uma garota, cheirosa e limpinha, depois dela foi só sacanagem nunca quis nada sério com ninguém, fiquei com impressão que mulher é perda de tempo e só serve para dar prazer para gente.
As dúvidas.
Nunca soube se eu era filho do meu pai, minha mãe era uma biscate quando conheceu o meu pai, uma tia minha conta que meu pai conheceu minha mãe na zona e resolveu tirar ela daquela vida e acabaram se casando.
Eu fui concebido na época que ela ainda era puta e hoje tenho essa dúvida que nunca vou ter saciada, minha mãe morreu de aids e meu pai hoje tem o mal de alzenhaimer e não conhece mais ninguém, nem a si mesmo.
Acho a vida um lixo, mas tento disfarçar que gosto dela, às vezes até esqueço disso tudo e fico inventando metas e sonhos, gosto de sonhar que um dia vou viajar até a Amazônia e gostar tanto que vou virar índio e morar lá pra sempre.




Nota do texto: Gosto de ecletismo e por isso me propus a escrever algo machista e mais sujo, gosto desse lance de escrever textos cheirando a talco e outros a lixo, cada um tem o seu valor.


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