Saudade é coisa que machuca, fere,
Qual punhal que abre nosso peito,
Maltrata e não se conhece um jeito
De conseguir que ela se apiede
Da dor profunda que no coração provoca,
Causando em nós tamanho sofrimento,
Descomunal martírio, um tormento
À alma, que ela, impiedosa, toca –
- E todo aquele que seja vitimado
Por esta estranha força que tortura
Jamais encontra como combatê-la,
Porque, do sofrer, é ela a mor estrela,
Que traz consigo dor que se não cura,
Terror maior de todo apaixonado.
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