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Artigos-->Quadro de Aviso -- 10/06/2002 - 19:52 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
QUADRO DE AVISO

(por Domingos Oliveira Medeiros)



Esta eleição está muito confusa. Primeiro a questão dos candidatos a vice. Roseana deu no que deu. Ou melhor, não deu em nada. A não ser muita explicação. Que ninguém entendeu até agora. Depois veio o Henrique Alves. Também não deu em coisa alguma. E também ninguém entendeu quase nada. E novo dinheiro, aquele que desapareceu, nunca apareceu. E, desta vez, pouco foi explicado. E a imprensa, de modo geral, saiu de mansinho. Não fez o costumeiro bombardeio. E o dossiê foi arquivado. E o assunto, inusitadamente, foi encerrado.



E assim surgiu a grande estrela, a vice de José Serra, a Rita Camata. José Serra que me desculpe, mas beleza é essencial, é fundamental. Embora, diga o ditado que beleza não põe mesa. Será? E o vice de Lula deu o que falar. Por conta da tal da coligação vertical. Por conta da programação diferenciada do PL e do PT. E de parte do PMDB de Orestes Quércia.



Todos os candidatos, sem exceção, estão partindo para este tipo de união. Ou de desunião, ninguém sabe ao certo. Exceção, apenas, ao Enéas. A propósito, quem sabe o nome do vice do Enéas? Aliás, sobre este candidato pouco se sabe. Apenas que ele, segundo as pesquisas, continua com os 2%. Ou seja: é, disparado, o melhor candidato. O que registra o menor índice de rejeição e, faz tempo, ocupa a mesma posição. Será que as empresas de pesquisa fazem, sempre, as mesmas perguntas ? E será que essas perguntas são feitas para as mesmas pessoas? Dá para desconfiar. Só assim poderíamos entender o porque destes 2% eternos.



Retomando a conversas em relação aos demais concorrentes, tudo indica que os meios justificam os fins. Ganhar a eleição. Mesmo que depois não se possa fazer nada em benefício do povo. O vice do Ciro Gomes também não me agrada. Trata-se de sindicalista que votou a favor da “flexibilização” da CLT. Questão polêmica, e que vai de encontro aos princípios trabalhistas da Era Vargas. Brizola precisa ficar de olho nesta questão.



Não se pode subestimar o vice. Lembremo-nos de José Sarney e de Itamar Franco que passaram a condição de titulares. Ganharam a corrida sem precisar chegar em primeiro lugar. Igual ao que fez o Alemão com o nosso Rubinho. O Rubinho bom de freio. Semelhante ao nosso Ministro da Fazenda, no que concerne à nossa economia.



A “fulanização” das eleições é outro grande complicador. Pouca gente se dá conta de que nenhum candidato governará sozinho. E não estamos dando atenção devida aos deputados e senadores que irão renovar parte do Congresso Nacional. Destes candidatos depende quase todas as ações governamentais. Se o presidente não obtiver maioria no Congresso, quase nada poderá fazer em relação aos seus projetos.



E o volume das nossas dívidas (interna e externa) , se não forem objeto de uma ampla renegociação, sem calote, visando alongar prazos e diminuir juros e outros encargos, não restará outra conclusão: o próximo governo ficará com as mãos engessadas para novos investimentos. E o pior: não haverá espaços para aumento e/ou criação de impostos.



E o FMI já mostrou que, quando a coisa aperta, pouco ou nada pode fazer. Vide o caso da Argentina. E, para completar, ainda temos que aturar os boatos e ingerência de bancos e companhias estrangeiras; que tratam das questões nacionais, como se estivessem na casa da mãe Joana. O sobe-e-desce do chamado risco Brasil, que trabalha para os especuladores vinte e quatro horas por dia. O chamado serviço de meteorologia financeira. O horóscopo dos que não fazem nada e só visam a acumulação de capitais. A numerologia da concentração de rendas. O tarô do endividamento público e externo. A mágica do crescimento paralisado. Do desemprego aumentado. E do salário achatado. E sem nenhum resultado.



Está na hora de a gente esquecer em quem votar para presidente, e seu respectivo vice, e começar a montar um Congresso Nacional mais afinado com as necessidades da população.





Domingos Oliveira Medeiros

10 de junho de 2002

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