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Poesias-->Uma História de Varanda -- 01/03/2004 - 17:39 (Jair Fonseca Martins) |
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Uma História de Varanda
Zero e trinta horas.
O olhar das intenções
Procura o quarto andar.
A luz da varanda acende-se,
Você está a meditar...
Consola-me vê-lo assim...
Estas tão só quanto eu...
A distância que nos separa
Transforma-se em fantasia...
E me ampara.
Sobre a sacada das hortênsias azuis,
Conversas com o vazio,
Ouvindo dele uma resposta hostil.
A penumbra da luz,
Desenha sua silhueta
Figura forte,
Estatueta prêmio
No ponto norte.
O vai e vem
De seus passos incertos
No passeio da varanda,
Me excita, libera-me o libido
Inquieta-me no leito perdido.
Prisioneira desta alienação,
Ela me devora os sentidos,
Me espanca a razão
Me aflora comoção.
Madrugada ingrata
Que rompe as horas
Com penetração fria,
Deixando um denso sereno
Que a ilusão cria.
Amanhece...
Meus olhos caem da varanda.
Mais uma noite se vai
Sem cruzarmos nosso olhar
Sem esvaziarmos nossas ânsias.
Jair Martins 22/04/04 - 23:52h |
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