Um estranho aperto nos acomete o peito,
Uma como que dor invade até a alma,
Aos poucos, nos rouba toda a calma,
Num sofrer cruel, que não tem jeito...
Tudo parece tão igual, sem interesse,
Uma monotonia... qual o lento martelar
Constante e ritmado do ferreiro a malhar,
Algo que nos entristece e, então, vê-se
Que nos falta alguma coisa, sem saber
Ao certo como afastar o mal da solidão,
Que nos atinge persistente, insidioso,
Maltratando o coração, por si já ansioso
E inquieto... face a força de uma paixão
Quase infinita. que se insiste em viver.
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