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Poesias-->16. PRECE DE SOFREDOR -- 01/03/2004 - 06:11 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Eu, quando aqui estive noutro dia,

Falando sobre a vida que vivi,

Nem tudo disse em forma de poesia,

Mas nesta forma cabe o que senti.



Tive furores grandes, sem mentira,

A ponto de perder as estribeiras,

Mas Deus não quer agora que mais fira

A quem já se esqueceu das tais besteiras.



Estou a relembrar, inutilmente,

Quanta maldade fiz aos companheiros:

Cada lembrança que me vai na mente

Me assusta com promessas de braseiros.



Ao tentar recordar as coisas boas,

Logo percebo em tudo só malícias.

Não poderei cantar, em pobres loas,

Imaginando um mundo de delícias.



São sofrimentos grandes que me trazem

As lembranças mais graves dessa vida.

São tormentos terríveis que me fazem

Pensar em que não tenho mais saída.



Mas tenho amigos cá nestoutra esfera,

Que me deram o dom desta poesia,

Tornando esta minh’alma menos fera,

Fazendo dos meus gritos melodia.



Sei bem que tenho um compromisso sério,

Ao desvendar da morte o seu mistério,

Na ilustração dos meus caros leitores:

É dar-lhes tento aos crimes e ousadias,

Que só lhes vão deteriorando os dias,

No mau presságio de aumentar as dores.



Buscando conseguir bom desempenho,

Já serenaram vibrações que tenho,

P ra que dê curso aos versos deste exemplo,

Que os sentimentos nobres que nos crescem,

Além de paz de espírito, oferecem

Recolhimento digno deste templo.



Pretendo aproveitar-me deste ensejo,

Para dizer, em prece, que desejo

Livrar-me destes males que me prendem,

Pois ouso perdoar os devedores,

Que bem pior eu sou — provam as dores,

Que tantos sofrimentos vis me acendem.



Senhor, ouve esta voz de desgraçado,

Que dos infernos lança triste brado,

Neste momento grato de ternura.;

Conserva esta esperança sempre acesa,

Chama de amor perene sobre a mesa,

Promessa de esplendor que em mim perdura.



Vou suspender agora estes meus versos,

Que não quiseram ser muito perversos,

Embora o tema traga sofrimento.

Ainda existe tempo p ros mortais,

Que podem desejar fazer bem mais,

Para evitar dos males os tormentos.



Lembrar-me-ei também do bom amigo

Que ofereceu a mim seu nobre abrigo,

Dando vazão aos versos penumbrosos.

Receba o meu abraço com ternura,

Que a minha alma sai daqui mais pura,

Revigorada e calma destes gozos.



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