Suave, delicada, com rara ternura,
Fizeste nascer em mim tão grã paixão,
Ardente, louca, qual um mar de emoção
Em que me afogo, envolto na mais pura
Onda de uma volúpia que arrebata,
Queimando como se em brasa eu estivera,
Tomando-me qual refém – e se apodera
De mim, dominadora, quase me mata,
Mantendo-me preso à sua força incomum,
Fazendo-me esquecer de tudo ao meu redor
E viver a plenitude deste prazer
Que me mantém submisso ao seu poder
E, ao certo, no mundo não vi maior,
Nem a ele há de igualar-se outro nenhum.
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