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Cordel-->REBU EM BRASÍLIA -- 05/09/2005 - 10:00 (Andarilho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131438348963381300

REBU EM BRASÍLIA
Silva Filho


Em Brasília, um rebu
Por causa dum mensalão
Gente grande num listão
Que desconhece tabu;
Muita grana num baú
Passando nos corredores
Sem que houvesse rumores
Sobre qualquer vazamento
Mas quebrando juramento
Alguém citou os atores.

Atores bem conhecidos
Chamados de EXCELÊNCIAS
Com estranhas preferências
Por enredos corrompidos;
No teatro dos sabidos
Quem encenou se deu bem
Pois o povo diz amém
Quando vem a eleição
E sempre se tem perdão
Pra quem age com desdém.

Um bom negócio – decerto
Esse tal de MENSALÃO
Você ganha UM MILHÃO
Só pra bancar o esperto;
Se der um voto bem certo
Pra lascar o aposentado
Tem o seu quinhão dobrado
Sem o ônus tributário
E vai guardar no armário
Esse prêmio caprichado.

Dinheiro não é problema
Nesse negócio tão sério
Trem pagador do Valério
Abastece todo o esquema;
Isso é coisa pra cinema
Porque fora não se viu
O que dantes foi BRASIL
Em profundo atoleiro
Que bicheiro, nem doleiro
Têm receita tão sutil.

Pra Receita Federal
Alguém passa toda a manha
Foi despesa de campanha
Que levou o Capital;
Quem tirou de estatal
Não se lembra dos conchavos
Sobre míseros “centavos”
Duma tal licitação
Que só criou confusão
Pra esses pobres “escravos”.

CPI que desmantela
Quer apurar toda a trama
Mas há pedidos de brahma
Com pizza de mortadela;
Ninguém pensa numa cela
Pra curtir um bom recesso
Também não há réu confesso
Nem prova d’acusação
Muito menos há ladrão
E não sei se há Congresso.

Que a pena seja branda
Diz a voz do Severino
Pois com o tom mui ferino
Este Congresso desanda;
Vamos contratar u’a Banda
Pra um forró no Recife
Churrasco, frito, rosbife
Para relaxar um pouco
Pois não quero ficar louco
E nem passar por xerife.

Mas a coisa não tá boa
Para sanfona nem pinho
Porque um tal mensalinho
A Imprensa põe na proa;
Mais um furo na canoa
Que estava afundando
E o povo está pensando
O que fazer do seu voto
Depois deste maremoto
Que deixa lama grassando.

Dinheiro que vem de fora
Notas frias no Planalto
Estatais em sobressalto
Qual boceta de pandora(*);
Maldição de caipora
Caixa Dois pra Caras-Lisas
Com Evasão de Divisas
E a SONEGAÇÃO FISCAL
Só sendo cara-de-pau
Pra condenar as pesquisas.

Enquanto enche lingüiça
Por baixo dum sobretudo
O depoente vem mudo
Como quer nossa Justiça;
Assim o mal se encortiça
Ao som grave duma lira
Que se compõe de mentira
Na mais perfeita lorota
PORQUE POVO IDIOTA
Não passa de curupira.

República de Pernambuco
Na Câmara e no Planalto
Deixa o Povo no asfalto
Querendo usar trabuco;
Mas não vou ficar maluco
Pra rimar com tudo isso
Vou ligar pro Padim Ciço
Solicitando um castigo
Para quem põe em perigo
O mais sério compromisso.

/aasf/

(*)
Segundo Dicionário Aurélio Eletrônico – Edição Século XXI
Boceta de Pandora = Origem de todos os males.


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