O amor que chega aos poucos, suavemente,
Que a cada dia aumenta um pouco mais...
É esse o amor que, no fundo, é capaz
De, em nós, perdurar eternamente,
Porque – e os que amam, por certo hão
De entender – em vez de ser arrebatador,
É, ao contrário, sereno um tal amor,
Nem de longe se assemelha à paixão –
Essa, sim, é tórrida, dorida e repentina –
- Vem ele de mansinho, calmamente,
Tomando, a pouco e pouco, o devido
Espaço... e se deixando ser sentido,
Crescendo, sim, mas lentamente,
Com essa suavidade que domina.
|