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Artigos-->Reflexões Usineiras (o retorno) -- 07/06/2002 - 15:50 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
[Para que o eventual leitor não se desoriente: este texto foi patrocinado pelo proprietário do site usinadeletras , o sr. Waldomiro. Suponho que terá tido boas razões para adotar esse procedimento, bem como para calar-se quando interpelado publicamente a respeito. Entre as suas razões, posso adivinhar o respeito pela democracia, pela liberdade de expressão, pelo debate de idéias, enfim, pelos usuários, autores e leitores, deste site que se diz literário. De minha parte, tenho boas razões para não reconhecer o patrocínio recebido. O texto abaixo documenta fartamente o que penso sobre o site e seu funcionamento atual. Se o leitor quiser saber mais sobre as minhas idéias e sobre a minha postura, pode perseguir toda a série chamada "Reflexões Usineiras", entre outros inúmeros textos críticos e denunciadores. Mas isso foi num tempo em que eu ainda acreditava que o debate de idéias fosse possível e que o site manteria o seu grande atrativo que era o exercício da liberdade democrática, com todos os seus percalços. Mas não, ele regrediu a olhos vistos e hoje nos expõe a um ridículo inominável. O patrocínio dado ao meu texto foi festejado como uma grande vitória pelos covardes anônimos e pelos arrivistas grotescos. Além desse improvável número de visitas que o texto vem amealhando, e até aqui tenho tido leitores sem necessitar de recursos marketeiros, a minha caixa de e-mails se entupiu de mensagens grosseiras. Pois é, seria tudo muito cômico, não fosse a tragédia iminente que essa busca do anonimato prenuncia.]





O palavreado é abundante e salta aos olhos do leitor como tempestade de areia. É fácil inverter os sinais e classificar como falaciosos os argumentos alheios. Também é possível dizer: "ninguém, em sã consciência, iria custear a produção de uma obra literária apenas por considerá-la de péssima qualidade". E o nosso quadro de destaques abriga um texto que já traz um erro de digitação no título [não se esqueçam, foi a partir desse ponto que dei início a este debate que, como sempre, já tentam afogar em saliva antes que vingue].



E quem discorda do argumento de que o quadro, para o leitor que entra no site, acaba se impondo como uma vitrine dos melhores. É honesto isso? Já não havia o ranking para consultas, e o dispositivo de busca? E não tem razão a jornalista de "O Dia" em sua referência ao usina ?



Insisto: que se escreva então ali no alto, bem visível que os autores dos textos mencionados estão pagando para ter visitantes aos montes.



Do meu ponto de vista, era absolutamente desnecessário, e isso nos expõe ao ridículo, adotar regras da produção capitalista para orientar um convívio de amadores (sim, amadores, por que não?) em busca da palavra.



Como vejo, a igualdade de direitos acaba de ser declarada tão desnecessária quanto desnecessária já foi declarada, há algum tempo, a boa escrita.



Queremos o vale-tudo capitalista! Que patético! A minha pergunta permanece: quem lucra com isso? O Sr. Waldomiro que nos responda? Que ele nos mostre então, por meio de gráficos esclarecedores, como o faz com as estatísticas do aumento de leituras para os textos patrocinados, o quanto isso é vantajoso, a ponto de justificar o estrago que eu lamento?



E que os nossos destacados ou autopatrocinados autores (que pândega!) nos digam melhor o que pretendem? Capitalistas? Quanto? Apenas para, como fazem os piores moleques mandões, achar que a bola é sua e que o jogo deve se pautar apenas pelas regras que eles defendem ou impõem?



Há, sim, truculência em certos procedimentos. Em vez de combater as suas deploráveis manifestações individuais, e por elas sempre vão responder os próprios responsáveis, cedo ou tarde, pois cada um sabe o quanto vai poder suportar de vexame, prefiro atacar a instituição da desigualdade por meio de um decreto. Não me lembro de termos sido consultados sobre a instalação desses mecanismos de patrocínio e de destaque. Apenas recebemos explicações sobre seu funcionamento. As mesmas que acabo de receber agora, mais uma vez, do sr. Waldomiro. Estaria na minuta famosa, naquela "democrática" investida em prol da melhora das relações dentro do site?



Insisto, o quadro de patrocínios e de destaques depõem contra nós e contra o que nos deveria estar unindo. Insisto, já vivemos bem perto da utopia da igualdade, apesar dos engraçadinhos de sempre. Insisto, estamos expostos a um ridículo sem tamanho. E mais, falo como quem já viveu aqui muito tempo antes da chegada de certas aberrações, é possível continuar tendo leitores sem abrir mão da dignidade, e até sem publicar qualquer texto ao longo de meses.



O sr. Waldomiro me explica, atenciosamente, que a exposição no quadro de destaques e patrocínios aumenta sensivelmente o número de leitores. Eu sei. Mas eu não estou interessado nesses números enganosos. Quantas visitas são de verdadeiros leitores? Quantos incautos não vão ali bicar no quadro de destaques, na ilusão de que se trate de um cânone? E imagino que muitos possam fugir desesperados, como já o fizeram vários dos bons autores que freqüentavam o site. Já escrevi sobre isso: ninguém pode se enganar, a menos que se contente com tão pouco, com o número de visitas.



Nesse sentido, sem o quadro, também o leitor ficaria mais livre e se sentiria mais respeitado. Não vamos poder enganar todo mundo todo o tempo. Qualquer pessoa que visite o quadro de destaques vai saber que aquilo não pode ser sério, tanto em sua inspiração, quanto na falta de inspiração da maior parte dos textos ali anunciados. Não se pode impedir o verdadeiro leitor de pensar da seguinte maneira: se esses são os destaques, já posso imaginar o que me espera.
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