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Poesias-->4. GOZOS DO MAIS-ALÉM -- 18/02/2004 - 07:45 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Cá estive um outro dia,

P ra lhe ditar a poesia

Deste simples treinamento.

Foram só versos dispersos,

Cujos temas mais perversos

Distraíram um momento.



Volto com mais energia

A este posto da poesia,

Num arremesso de gosto,

Para ditar a esta gente

Algo bem mais permanente

Que não lhe cause desgosto.



São versos de fantasia,

São frutos da engenharia

Que se julga diferente,

Como alguém que só dissesse,

Que, ao colher a sua messe,

Só lhe bastava a semente.



Volto já regenerado,

Embora tenha o cuidado

De não assustar ninguém.

É que os vivos são medrosos

Quando se trata dos gozos

Que partem do “mais-além”.



Vou estender-me um pouquinho:

Recebam-me com carinho,

Não tenham medo de mim,

Se me sentir infeliz,

Irá ser só porque quis

No sofrimento pôr fim.



É que estive atribulado,

Muitíssimo atrapalhado

Co as atitudes da vida.

Agora, repouso triste,

Mas não tenho dedo em riste:

Descanso da rude lida.



Mas vou “dando de pinote”:

Não quero dançar um “xote”

Que o meu baile terminou.

Quero só o som da valsa,

Na travessia da balsa,

Nos conselhos que hoje dou.



Solfejarei bem baixinho,

Acompanhando o carinho

Que pedi no verso acima.

É que o amor co o amor se paga

Mesmo quando o olhar se alaga,

Ao receber tanta estima.



Exalto, pois, o presente

Que recebo do escrevente,

No momento em que recito.

É pura a felicidade,

Fruto da benignidade:

Nesta hora, não hesito.



Recebo a bênção de Deus,

Que salvou os filisteus

Das mãos da perversidade.

Somos todos filhos seus,

Amonitas, saduceus:

Eis o manto da bondade.



Freme agora aqui comigo

Um ser outrora inimigo,

Cativado para o bem.

Naqueles dias de antanho,

O seu crime foi tamanho

Quanto o meu o foi também.



Hoje nós seguimos juntos,

Aspirando ver defuntos

Os ódios de antigamente.

Com os corações unidos,

Vemos os tempos perdidos

Dissiparem-se na mente.



Eis aí um bom conselho

Retirado do evangelho

Trazido a nós por Jesus.

Quem quiser seguir crescendo,

Vai dizer: —“ Eu me arrependo

De tê-lo posto na cruz!”



Estranhou nosso escrevente

Tanta rudeza na gente,

Na expressão do verso acima.

Entretanto, é preciso,

Para entrar no paraíso,

Desfazer aquela rima.



Vou seguir mais um pouquinho,

Com a rosa, sem espinho,

No caule desta poesia.

É que um treino sem sabor,

Sem prazer, com muita dor,

Não cabe na melodia.



Eu agradeço ao Senhor

Todas as bênçãos de amor

Que se espargiram por nós.

Bem contritos, oraremos,

Sabendo que venceremos:

As almas não viram pós.



Novamente, este irmãozinho

Estremece o seu carinho,

Pois deu nó na nossa rima.

Gosta ele dum gracejo,

Pois nos sons do realejo

Sente mais a nossa estima.



Estes versos de mendigo

São bem os que vão comigo:

Vaso sem terra e sem flores.

Nada há, pois, que estranhar:

Navegante vou ao mar,

Para esquecer minhas dores.



Se me derem muita trela,

Se for grande a minha vela,

Não sairei mais daqui,

Pois me sinto acomodado,

Com meu sofrer apagado

Dos males que cometi.



Eis aí um bom serviço,

Verdadeiro compromisso

Deste socorrismo ativo.

Atender aos sofredores,

Para acalmar-lhes as dores,

É cumprir o objetivo.



Fiquemos, pois, em repouso

(Ir além disto eu não ouso).;

É hora de terminar.

Sinto os amigos cansados,

Que estes versos são danados:

Flores a despetalar.



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