A CENSURA ESTÁ DE VOLTA... E NA CONTRA MÃO
(por Simone Barbariz)
Caros Leitores, estamos assistindo um fenómeno que vem assombrando as redações de jornais e revistas: a Censura.
O mais interessante é notarmos que ela não vem para censurar absurdos, aberrações e pornografia como os programas do "Ratinho", novelas, filmes e músicas. Ela está é proibindo que reportagens e matérias que contenham denúncias contra alguém ou alguma empresa sejam veiculadas e publicadas.
É odioso vermos que quem está estimulando a censura são alguns "Juízes de Direito", que parecem não ter estudado Direito. Através de uma decisão anti-legis, pior, contra a Constituição Federal, eles decretam a Censura, esquecendo-se do que reza o art. 5º de nossa Carta Magna, no seu inciso IX "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.".
Como se já não bastassem outros tipos de "censura" como a falta de incentivo, o descaso e o desinteresse pela Cultura.
Com isto, assistimos ao nascimento da "sub-Cultura", ou, em outras palavras, da anti-Cultura: músicas com apelos sexuais, pornografia nas telas de TV e nas bancas de jornal.
Gostaria, e muito, que a censura voltasse, mas tão somente para proibir esta apelação por IBOPE e vendagem. Censura tão somente à vulgarização do sexo.
Não, caro Leitor. Eu não sou uma velha antiquada e cheia de tabus, muito pelo contrário, mas convenhamos, do jeito que a coisa anda, só não temos crianças menores de nove anos tendo filhos porque ainda não menstruam, mas, se menstruassem...
As crianças vendo aquilo diariamente na televisão, acreditam que este é o comportamento "normal".
Nos programas falta, hoje em dia, um pouco de "moral", de respeito aos telespectadores. Todos os valores estão invertidos. Expõe-se violência, desamor, futilidade, desrespeito e sexo em excesso.
Deve haver algum limite para isto!
Não vamos impor a censura para matérias investigativas e, sim, para a pouca-vergonha que anda instalada em nossas mídias.
Sou a favor de uma censura ética e não abusiva. Afinal de contas, temos o direito de expor nossas percepções de vida para os outros, mas sem apelação.
