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cronicas-->Poema não Escrito -- 07/02/2003 - 04:05 (Marcelino Rodriguez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
POEMA NÃO ESCRITO


Dia desses passei uma experiência interessante, causada por um despertar no meio do sono, por volta das três horas da manha. O céu magnificamente estrelado, as ruas silentes, livre do trafego humano, transmitiam uma paz e uma liberdade que fez-me ter uma grande vontade de deixar a civilização decadente das metrópoles competitivas e sobretudo a desagradável companhia dos homens e de seus comércios destituídos de inteligência.
Minha alma estava livre.
Pensei escrever um poema, e depois de algum conflito interior melancólico, desisti. Para que? Também a mim o senso da utilidade já se faz quase um tirano. E´preciso, ao menos enquanto der e valer, sobreviver. Não interessa aos outros meus poemas, ao que parece. O mundo anda um tanto impermeável aos milagres das sutilezas.
O que ainda tenho de poético e humano deixa-me com um senso estranho de estrangeiro entre as pessoas; estarei também virando um predador?
O caso e´que o poema que não escrevi, o primeiro em minha vida que por rebeldia e desencanto reneguei, falaria sobre aquela revelação de ter encontrado num vislumbre iluminado o meu verdadeiro rosto, no meio da noite, entre as estrelas, e que a distancia que separava aquele ser livre que eu verdadeiramente era e aquele que vive aqui, aprisionado na terra baixa dos homens, era a mesma que separa um anjo de um asno.
Assim que a vida me der sorte, fugirei para a noite e seu silencio desértico , a fim de encontrar-me novamente, no espelho natural de paz e liberdade.


05/02/2003



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