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Cordel-->Aonde tenho estado eu para não me reconhecer ?!... -- 15/08/2005 - 21:28 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Não sei se alguém como eu aplica integralmente a mínima disponibilidade a escrever versos. Na cama, no café, no restaurante, nos transportes, na rua e até, pasme-se, quando interrompo num breve instante qualquer ocupação para registar uma palavra ou um verso.

Por consequência o meu registo cerebral está super saturado de versos e mais versos, suportando o contínuo esforço que lhe solicito a fim de não incorrer na estafadíssima mesma forma de expressão.

Apreciem a curiosa ocorência que vou descrever tal e qual sem me deter em contornantes delongas. Aonde tenho estado eu para não me reconhecer?!...

Sempre que o mês de Maio espreita, desde logo preparo as minhas habituais ferramentas para participar no grande Concurso de Quadras de São João que o Jornal de Notícias todos os anos leva a efeito.

Numa pequena pastinha que habitualmente trago comigo, previno envelopes e selos para, consoante opero os recortes nos cupões que retiro do JN, dar pronto despacho, através do correio, às emanações que a musa do santinho folião me vai transmitindo. Anos há que concorro com 40/50 quadras.

No decorrente ano de 2005, devo ter concorrido com cerca de 20 estrofes, que dia a dia fui assinando com pseudónimos diferentes, ao sabor e a condizer com os conteúdos.

Na grande noitada de São João, o JN vem a público em cima da meia-noite, e nesta última, comprei avidamente o jornal cerca da uma da manhã. Li, reli, voltei a ler e, céus, perante a decepção, disse para meus botões: arre, este ano nem uma meti...

Chegado a casa, por volta das 6 horas da manhã, antes de deitar-me, dei mais uma olhadazinha às 62 quadras consideradas, desta feita para lhes apreciar o conteúdo e avaliar a justiça das decisões do júri.

A dado passo, em face de uma menção honrosa, depara-se-me uma quadra e um pseudónimo que me pareceu já ter visto em qualquer lado. Mas... - cogitei - fui eu que fiz esta quadra!...


No varandim da saudade,
Paus de vassoura no ar,
Da rusga da liberdade
Só vejo a sombra passar!

Outrora

Bem... Pelo menos, havia esta consolação a considerar. Pousei o jornal, apaguei aluz e adormeci. Na consoladora ideia assim fiquei até que ontem, tive conhecimento que fui o vencedor do 1º., do 6º. e do 8º. prémios, entre mais sete menções honrosas. Estarei a mesmo a ficar "té-té"?...

Os pseudónimos de "Amante Sincero", "Palavras" e "Realista", ligados ao cupão numério onde consta a identificação do autor, são de António Torre da Guia. E esta?!...


1º. Prémio 2005

Fogueiras de amor, já fiz
Mas ocultei-lhes a chama;
A alma ama e não diz,
A boca diz mas não ama.

Amante Sincero

Repito: aonde tenho estado eu para não me reconhecer?!... Vou dar resposta através de uma quadra com a qual concorrerei, se os ventos assim quiserem, para o próximo ano:


De tanto olhar pró balão
E do balão olhar pra ti
Ao passear na ilusão
Sequer a passar me vi !...

Verdadeiro

Bem, sinceramente, ora digam lá se esta saudável mania dos versinhos é ou não uma coisa tão linda!...

António Torre da Guia

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