Há latifúndios na terra. Mas parvo o homem que se enviesa pela beleza e quer assomar a sua riqueza interior tal propriedade.
Ao futuro bêbedo de luxuria até há de rir as mesas,
Há de vangloriar-se pela aspereza
Há de viver a luz da boemia
Há de lambuzar-se e saber muito mais do prazer de uma mulher nua.Mas será só com isso que contará.
Se for generoso e quisera um dia redimir-se a homem
Sob o sol verá, quão chegada a hora da tormenta.
Suas mentiras irão testemunhar a sua miséria.
A sociedade irá rotulá-lo as velas.
Se tiver casa ela há de ruir.
Atordoado e sem sentido andará.
Onde quer que tente vida nova, a cabeça , os corvos hão de difamar.
Ai provará do atrofio da língua, do amargo do fel e a alma penada ao abismo das noites mais longas hão de lamentar atordoando os ouvidos, causando insônias de lágrimas.
Ai será tarde, bem tarde para reconhecer a quem amará.
Em sua solidão rogará misericórdia... todas as tardes rogará,
Mas o tempo não perdoa. E em vida os passos tornar-se-ão meros passos ao redor de uma angustia, de um vazio num corpo sem sentido.
Mais tarde o arrependimento sarara, da miséria ensandecida se livrará, retornará a vida, mas se quiser amar, o amor, esse jamais virá.
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