Amor, juventude, alegria...
Amor, mocidade enamorada...
Coisas que não voltarão jamais,
São folhas caídas em solicitude,
Que vão rolando nos vendavais.
Alegria, glória, riso, amor,
em uma sucessão constante,
passaram tudo, o tempo foge.
Só a incrível mágoa da saudade,
Permanece aqui ainda, até hoje.
Quanto ideal de sonho perdido!...
Quantas desmanchadas ilusões!...
Oh! Vaidade, essa tua fantasia,
São como borboletas errantes,
Voando sem nenhuma alegria.
Oh! Que saudade de belos sonhos!
Dos sonhos desfeitos de amor,
Pensamentos graves, tristonhos...
Muitos desgostos, mais amargor.
Minha face é rude, é sulcada,
Meu rosto igual a de um monge.
Oh! Como você vai esta estrada,
E o tempo como vai tão longe!
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