O tempo passou
O velcro da memória,
Enviei para o além
E no inconsciente da razão
Abracei-te, e te amei, perdoei...
Tantos projetos,
Fiz com o coração
Construí teu castelo
Sem pedras sem espinhos
Argamassa foi o carinho
Mistura de emoções
Nas lágrimas que havia
Matei a sede da agonia
Das mágoas e melancolia
Trouxe você pra mim
Senti você, bebi você...
O tempo parou em nós
Fui teu amor
Por longo tempo
Vi o tempo passar
Visão da consciência
Olhei-te retida nas lembranças
Sempre com a tez nua,
Sem armadura das amarguras...
Ficamos todo o tempo
Sem pensar, sem falar...
E agora que vejo o tempo passar
Sou navegante, estou no ar!
Assolado pelo mar volto à razão
O que fizemos todo o tempo sem nos ver?
Nada!
Ah! Se pudéssemos ser invadidos pelo tempo, por um momento...
Apagaria o passado, deixaria o coração falar e te amar,
Novamente!
Novamente, teríamos novos tempos...
Fim.
Minha gratidão a Leila, razão do poema. |