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Poesias-->Olhos de Ingazeiro** -- 12/02/2004 - 09:21 (Elane Tomich) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






OLHOS DE INGAZEIRO



Elane Tomich



Pelas águas desenhada

esculpida em cachoeiras

colava à blusa molhada

cambraia ofertando seios

adivinhando o macio

entre veios e entreremeios.



A mímica do desejo

contorcionista sem pejo

iguana sorvendo nas beiras

da fruta, a carne que cheira

crescente a dor da serpente,

sede excedente e afluentes



Pupilas grandes no espio

na fenda dos ingazeiros

vendo o sugir do feitio

a provocação arteira.

Erguia-se, como um sol, do rio,

musa, ninfa, feiticeira.



Olhar felino de fome

acorrentado ao feitiço

inchaço que não tem nome

vértice no alagadiço

ponta que denuncia

coisa que não se esvazia

.

Olhos verdes de tocaia

esperando a distração

de um leve vôo de saia

certeira suposição

de ser mãe d água ou sereia

deitando-se à luz da areia.

em lapso nuvem, desmaia.



O que será que escorria

daquela concha escondida?

Eram águas, leite, répteis

ou eram dedos tão ágeis

tocando o botão do desmando

de um céu de pavor tremulando

pra tê-la sob comando?

Tão nua, de água vestida.

que a mão no molhado da saia

o que era de ser, sentiria,



Antes, bem antes do quente

dançavam seios e ventre,

cobertos de transparente.

mum pégaso que em asas corria

em descampados de euforia.

Na arena da vigíla

deusa vencedora, vencida

num torpor, agradecida.











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