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Textos_Religiosos-->O mais novo beato do Brasil -- 07/11/2006 - 09:35 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Padre Mariano de la Mata: Sempre pronto para atender os necessitados, pobres e doentes

www.zenit.org

SÃO PAULO, domingo, 5 de novembro de 2006 (ZENIT.org).- Beatificado este domingo em São Paulo, padre Mariano de la Mata (1905-1983) é recordado por sacerdotes que conviveram com ele principalmente por sua solicitude em atender os necessitados, pobres e doentes.

Segundo o padre Paulo Tejedor, que trabalhou como pároco com ele, padre Mariano «era visitado diariamente pelos pobres e mendigos da praça Santo Agostinho (São Paulo); dele recebiam um forte aperto de mão, e sempre uns trocados, comida, sopa e sapatos, etc».

«Os mendigos saíam da sacristia mais contentes pelo aperto de mão e pela prosa com o padre Mariano, do que pelos trocados. Durante a conversa, colocava sua mão direita sobre os ombros de seus queridos visitantes, muitas vezes, com feridas e sujos.»

Segundo narra padre Paulo, «nas noites frias do mês de junho paulistano, eu vi muitas vezes o padre Mariano descer pelo elevador, sair pela porta dos fundos do Colégio e colocar cobertores sobre os mendigos, que estavam dormindo na calçada, debaixo da marquise do teatro.»

«Os pobres eram seu fraco --prossegue--. Ele telefonava ao porteiro do Colégio S. Agostinho, pedindo que tratasse bem os pobres que ele mandasse, que lhes desse pão, café com leite, roupas e um sanduíche bem reforçado.»

Já o padre Miguel Lucas, OSA, vice-postulador e responsável no Brasil pela Causa do padre Mariano de la Mata, conta que teve a felicidade de conviver e trabalhar com o beato os 12 últimos anos de sua vida, cinco dos que foi seu pároco.

«Em poucas palavras, poderia definir Pe. Mariano, como um homem de caráter forte, porém, de grande autodomínio, bom religioso, piedoso, amante dos pobres, dos doentes, das plantas, dos animais; amigo de seus co-irmãos, aos quais sempre servia com alegria, atenção, delicadeza e compreensão; por isso, era muito querido por todos.»

«Tinha também grande amor à Eucaristia, a Nossa Senhora e forte devoção a Santa Rita. Pátria e família formavam um duo dinâmico que movia seu coração aventureiro, como Quixote, (mas ao estilo divino), cavalgando sobre o heroísmo e a abnegação.»

Padre Miguel Lucas apresenta as palavras escritas pelo Avelino B. Panini, capelão do Hospital do Câncer e do Hospital Municipal: «Falar do Pe. Mariano é falar das maravilhas de Deus: vivia a alegria cristã com exuberante energia; suas atitudes, seu olhar penetrante, seu modo de caminhar, seu jeito de ser, seu falar e ouvir demonstravam a serena segurança daquele que crê, ama, espera».

«Sentia-se que sua conversa conosco era a continuação do seu permanente diálogo com Deus. Por isso, tinha paciência em escutar-nos, sendo-lhe um fato natural, ter as palavras certas, adequadas, para cada momento.»

«Ele era muito interessante: expansivo, alegre, jovial, de uma simplicidade encantadora, transparente, diáfana como a luz. Sempre pronto para atender os necessitados, pobres e doentes, não conhecia e não media sacrifícios para socorrê-los, ampará-los.»

Missionário no Brasil
Mariano de la Mata nasceu no dia 31 de dezembro de 1905 no Bairro de la Puebla, Palencia, Espanha. Eram quatro irmãos e quatro irmãs. Foram seus pais Manuel e Martina. Os quatro homens foram agostinianos.

Fez o noviciado no seminário agostiniano de Valladolid, celebrou sua profissão de votos temporários diante do beato Pe. Anselmo Polanco, e sua profissão solene, no Mosteiro agostiniano de Nossa Senhora de La Vid, Burgos. Ali também foi ordenado sacerdote.

Depois de um ano na Espanha, foi destinado ao Brasil no dia 21 de agosto de 1931, e aqui residiu mais de 50 anos.

***

Padre Mariano de la Mata revela que santidade está ao alcance de nossas mãos
Entrevista ao padre Miguel Lucas, OSA, vice-postulador da Causa de beatificação

www.zenit.org

SÃO PAULO, domingo, 5 de novembro de 2006 (ZENIT.org).- Este domingo, a Igreja no Brasil e no mundo ganhou mais um beato. Trata-se do padre Mariano de la Mata (1905-1983), beatificado na Catedral Metropolitana de São Paulo, em cerimônia presidida pelo cardeal Saraiva Martins, Legado Pontifício e Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos.

Para aprofundar mais na vida e obra deste sacerdote que desenvolveu seu apostolado no Brasil, Zenit entrevistou o padre Miguel Lucas, OSA, vice-postulador e responsável no Brasil pela Causa do Pe. Mariano de la Mata.

--Quem foi o Pe. Mariano de la Mata?

--Padre Miguel Lucas: Um Padre Agostiniano espanhol. Nasceu no ano de 1905, veio ao Brasil no ano de 1931 e faleceu em 1983, em São Paulo. Era o homem da caridade para com os pobres. Diretor espiritual das Oficinas de Caridade de Santa Rita de Cássia, que se dedicam a confeccionar roupas para os pobres. Na época, eram por volta de 9.000 associadas.

Pe. Mariano era o Cireneu dos doentes. Sempre visitava os quatro hospitais que existem dentro da Paróquia de Santo Agostinho, de São Paulo. Gostava muito das crianças. Sempre estava rodeado delas, e sempre tinha balas no bolso da batina para dar-lhes.

Era amigo de seus alunos. De cada aluno fazia um amigo. Amava a natureza. Cuidava das plantas como se de um doente se tratasse. Cultivava muitos vasos de flores no terraço do Colégio Santo Agostinho.

--O que levou a iniciar seu processo de beatificação?

--Padre Miguel Lucas: Desde o dia do falecimento do Pe. Mariano, sua fama de santidade se estendeu rapidamente. São muitas as graças extraordinárias que Deus concedeu por ele. Quando, no ano de 1997, eu e o meu Superior do Brasil fomos pedir a Dom Paulo Evaristo Arns a abertura do processo de beatificação do Pe. Mariano, ele nos respondeu: “este homem merece ser santo, este sim.”

--O senhor conviveu com o Pe. Mariano. Poderia imaginar que ele chegaria à glória dos altares?

--Padre Miguel Lucas: Não. Em primeiro lugar porque não existia no Brasil nenhum beato ou santo. Também porque ele não se destacava por grandes obras. É verdade que tudo o que fazia, o fazia bem. Praticava todas as virtudes em grau superior ao normal. Sempre se dedicava aos pobres, aos doentes e à oração. Isto nos faz pensar que a santidade está ao alcance de nossas mãos.

--Conte alguma história envolvendo o Pe. Mariano, que o senhor recorde.

--Padre Miguel Lucas: Quando ele estava na sacristia da Igreja Santo Agostinho, era visitado pelos pobres. Colocava a mão sobre seus ombros, às vezes sujos ou com feridas, e conversava com eles. Sempre lhes dava algum dinheiro.

Os seus assíduos visitantes saíam da Igreja mais contentes pelo abraço do Pe. Mariano do que pelos trocados que ele lhes dava. Nas noites frias do inverno, o Pe. Mariano descia com cobertores à praça do Colégio, para agasalhar os pobres que dormiam lá.

Outra história que envolveu o Pe. Mariano é que, apesar da vista reduzida que ele tinha, todo dia andava de carro pelas ruas de São Paulo, para visitar as sedes das Oficinas de caridade Santa Rita de Cássia.

Quando chegava atrasado para o almoço, algum confrade lhe dizia: “Pe. Mariano, o almoço está no fim”. Ele respondia: “O almoço pode esperar, mas o doente, muitas vezes, não espera.”

Outra história: Pe. Mariano falava maravilhosamente sobre os esportistas, como consta num programa radiofônico que se conserva dele. Ele mesmo tinha um time de futebol no Colégio, do qual era Diretor, e jogava com jovens. Inclusive existe uma fotografia dele com o time de futebol do seu Colégio e vários troféus que seu time ganhou.

Podemos dizer também que a Igreja pode invocá-lo como protetor das crianças, dos pobres e dos esportistas.

Em homenagem ao Pe. Mariano existe uma Casa de crianças, um Centro juvenil e profissionalizante.

Nas suas cartas, Pe. Mariano manifesta sua espiritualidade, rica em todas as virtudes, nas quais todos podemos nos espelhar.

--Que mensagem Pe. Mariano de la Mata deixa para a Igreja do Brasil e no mundo?

--Padre Miguel Lucas: Com a sua vida e o seu testemunho, Pe. Mariano nos está dizendo que a santidade na vida cristã hoje segue tendo sua vigência e é sempre possível.

É mais um santo que acredita que a construção do Reino de Deus se faz também pelas ruas da cidade, nos pequenos atos do cotidiano.

A vida do Pe. Mariano nos questiona a todos. É um santo de hoje para a vida de hoje.






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