LIBERDADE
É...
Dos açoites
O sangue a espargir,
Libertando a dor, que doída deforma
A forma do chicote aberrador?
É...
Soluços ,
ouvidos nos cantos solitários,
Liberando o grito angustiado,
Mascado no amargor?
É...
Mãos unidas
Por pulseiras de aço,
alforriadas pelo martelo julgador?
É...
Sentença,
Pronunciada na audiência da vida,
Pelo juízo pensador?
É...
Fé,
Que concretiza em pedra
O abstrato dos desejos?
É...
Metamorfose
dos organismos,
Transformando-os em espécies?
Não, ela É...
Desequilíbrio.
Sua leveza estonteia.
É preciso presilhas
na consciência,
Para nela se segurar.
Liberdade! Dizes-me quem verdadeiramente És.
Jair Martins 11/02/04 - 12h56
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