Ao Poeta J.B.
Oi, J.B.! Que bom que você voltou. Estava com saudade de suas letras, mano. Admiro sua obra, você é meu Professor.
Estou morando na Bahia. Já aprendi dizer: mainha, painho e tô-que-tÔ.
Virei soteropolitano. Dizem que sou tão baiano que já posso ser Senador. Aqui, nem parece terra do Cabral. Como acarajé quente e nem sequer passo mal.
Ontem estive na casa do Cae, encontrei Beta, Beta Betânia e Gil. Todos te adoram, mano! Desejam que você vá fazer verso na... Brasília.
Êta, terrinha boa! Aqui, tudo vira carnaval. Na semana passada morreu o Pastor da Igreja Universal, e foi o maior alto astral. Teve maculelê, roda de samba, batuque na Casa da Mãe Minininha, e bate na lata no Pelourinho. E por falar no Pelô, por aqui todo crioulo é mulatinho, e todo cabelo pichaim fica lourinho.
Pois é, meu rei. Estou muito feliz com sua reentrê. Mas por favor, entre direito, tem muito bamba querendo te desbancar do trono. Um abraço! E axé para todos nós.
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