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Cronicas-->Lei de Murfy -- 05/02/2003 - 11:00 (BRUNO CALIL FONSECA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lei de Murfy


Aline, Fernando, Diogo e Laura. Estes são meus amigos. E a última, Laura, nos chamou para irmos para a casa dela numa fazenda. Fiquei sabendo da novidade hoje de manhã na escola, enquanto os outros já a decidiram ontem. Eu sou dependente, ainda, e sei que minha mãe nunca pensará em me deixar sair com meus amigos para uma aventura incerta. Liguei pro meu pai. Tão calmo, só me disse "tome cuidado". Nunca pensei que ouviria isso tão simplesmente sem uma chantagem emocional.

Foi tão fácil que logo arrumei a minha mala - não tão grande, pois íamos passar só o final de semana. Liguei para Laura, para confirmar o horário. Às oito da noite de sexta. Mas fui mais cedo. Cheguei lá às sete.

Chegando, ouvi Fernando gritando com a irmã no celular. Ela era a única que podia saber da viagem. Ele iria viajar escondido. Só que ele sempre esquece que sua irmã conta para o pai dele. Foi o que aconteceu. A viagem foi cancelada por parte dele. Viajamos sem Fernando.

Na verdade, éramos pra sair da cidade às oito, mas saímos da casa de Laura às nove. íamos de carro. Diogo tem um. Ele levaria eu, mais a Laura e Aline, sua namorada e nossa amiga. Aliás, conheci Diogo pela Aline, mas isso não importa.

Estávamos atrasado, mas Diogo esqueceu o cartão em casa, e lá fomos nós buscá-lo. Mais meia hora de atraso. Ao chegarmos no posto de costume, ele estava fechado. Teríamos que achar outro, nada tão difícil, por enquanto. Na BR de saída para a fazenda fomos ao posto. Laura e Aline estavam com vontade de ir ao banheiro, mas nesse posto não tinha.

Engraçado, vimos o primeiro frentista que não sabe abrir o lugar que coloca gasolina. Ficamos mais dez minutos.

A verdadeira divina viagem começou às dez da noite. Estávamos, finalmente, na estrada a caminho da fazenda. Chegaremos ao destino lá pela meia-noite.

Com uma hora de viagem, reparamos que algo estava acontecendo de errado. Estava cheirando queimado. Não sabíamos o que era na hora. Ou melhor, não sabemos o que aconteceu até agora. O carro super aqueceu. Tivemos que parar no meio da estrada, no acostamento.

Naquele escuro, a espera do carro esfriar, reparamos como o céu é mais estrelado fora da cidade. Começamos, também, a contar umas histórias de terror. Mais tarde, Aline nos fala das Leis de Murfy. Ela diz que, quando um pão tem que cair, ele cairá com a parte da manteiga para baixo. Era o que estava acontecendo.

Mais meia hora, e voltamos à estrada, não mais que dois quilómetros e avistamos um lugar e fomos pra lá. O lugar não é aquilo que possamos chamar de confortável. As meninas estavam querendo ir ao banheiro. E que coincidência, não havia banheiro.

À respeito do carro, Diogo estava pensando que era falta de água no motor. Colocamos, e vazou. Uma mangueira tinha arrebentado. A Lei de Murfy estava agindo. O carro não queria mais funcionar.

Ficamos duas horas, e nunca vimos um boteco de estrada fechar, este fecha à meia noite. Estávamos num completo escuro à beira estrada, pedindo carona. Engraçado, o primeiro carro que vimos, parou. Era a polícia rodoviária. Nunca ficamos tão felizes em ver a polícia. Eles fizeram contato com a cidade e pedia à seguradora um guincho, para levar o carro.

Depois que a polícia se foi, deitamos no carro a espera do guincho e o outro carro que nos levará de volta a nossa cidade. Naquele completo breu, as meninas resolvem improvisar um banheiro a moda antiga, atrás da moita, próxima a estrada. Nós, eu e Diogo, estávamos as encorajando para ir logo fazer xixi, demoraram 15 minutos para se decidirem, e quando decidiram, quando já estavam abrindo a calça atrás da moita, a ajuda chegou. Rapidamente fecharam a calça, senão iriam vê-las naquela posição incómoda.

Finalmente, estávamos voltando pra casa. Não, felizmente a Lei de Murfy não resolveu agir nesse momento. Ao chegar em casa, as duas meninas voaram ao banheiro.

Dormimos na casa de Laura, acordamos dispostos a voltar à estrada. Só que o único modo de nós irmos, naquele momento, era de ónibus. Não tinha dinheiro o suficiente. Infelizmente não havia como eu ir. Eles partiram era uma e meia da tarde de hoje, sábado. Agora, mesmo, recebi um telefonema. Adivinha sobre o quê e de quem? Lei de Murfy.


Pablo Mello Noleto
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