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Cartas-->A voz que fala por dentro XIII > As raízes -- 13/02/2003 - 01:27 (DENIS RAFAEL ALBACH) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
XIII
As raízes

Grande parte das coisas que não fazemos é movida através dos nossos medos, dos nossos receios, da nossa timidez, da nossa insegurança, do nosso desânimo. Temos medo da reação das pessoas e por esse motivo nem sempre vivemos a realidade. Medo do que eles vão achar ou vão falar.Qual seria a reação de uma pessoa se eu dissesse isso para ela? O que eles iriam achar se eu agisse desse jeito? Por esse motivo ficamos estacionados no mesmo lugar sempre! Por esse motivo ficamos inibidos para agir. Por receio da reação das outras pessoas, ficamos sem ação.A insegurança, timidez e receio seguem a mesma linha do medo. Assim é óbvio acreditar que deixamos de viver a nossa vida para viver em função daquilo que os outros queiram que vivamos.
O medo de vivermos a verdade está na conseqüência que podemos sofrer. Podemos perder as pessoas que mais amamos se não vivermos a vida que elas queiram que a gente viva.Sempre estaremos em função de viver para os outros. Nosso monólogo interno, essa voz mais íntima, sai lá de dentro e nos fala:
“Será que as pessoas irão compreender o meu modo de vista? Será que as pessoas vão passar a me olhar diferente se eu revelar meus segredos? Será que as pessoas se sentirão felizes se eu correr em busca da minha felicidade? O que eles vão achar de mim? Será que devo? Será que não devo? Não. Acho que eu não devo. Eu tenho medo”.
Uma das maiores causas da nossa tristeza interna, tristeza tal que muitas vezes se exterioriza em nosso semblante, em nossas reações, é porque nos escondemos dentro do nosso medo. Nos encabulamos tímidos em nosso refúgio interno porque somente a gente se compreende de verdade. Entramos em nós mesmos procurando uma resposta porque pode parecer perigo buscar conselhos de alguém que não me entenda. São tantas perguntas que vêm nos encher de dúvidas que não trazem soluções: O que acontece se eu amar essa pessoa? E se eu me casar com ela? O que vão falar se eu mudar de vida? O que vão achar de mim se eu fizer isso ou aquilo? E se amar aquela pessoa e não essa? E se eles não aceitarem as minhas opções? O que vou fazer se eles acharem errado o que decidir? O que será de mim no fim de tudo?Eu fico como estou ou eu mudo?
Devemos refletir como seria o resultado se fizéssemos isso ou aquilo. É preciso apenas de um passo para que a vida mude.Mas esse passo pode melhorar a sua vida ou pode estragá-la. Mas o ponto central disso não é se devemos ou não devemos fazer tal coisa. A pergunta é: De onde vem tudo isso?
Onde foi que aprendemos a ter medo, insegurança, timidez, complexo, tristeza, etc? Com quem aprendemos a ter essa visão da vida que temos? Saber porque gostamos de branco e não de verde pode se tratar apenas de opções e de gostos. Mas saber por que sentimos o que sentimos ou por que somos dessa forma e agimos desse jeito pode ser a raiz, o começo, o motivo, a causa inicial do porquê somos assim.
Muito do que nos falaram se tornou em vozes que gravamos e deixamos depositado no porão de nosso coração. E vez por vez ouvimos novamente aquilo que nos falaram lá no passado. Essas vozes que falam por dentro também são palavras que ouvimos e que demos atenção a todas elas. Elas continuam lá nos fazendo bem ou nos fazendo mal. Quem foi que te ensinou a superar suas crises?Será que alguém te ensinou ou você aprendeu sozinho ou nem aprendeu? Quem foi que te ensinou sobre o significado do amor, da fé, da amizade, do sexo, da raiva, etc?Com quem você aprendeu sobre os conceitos da vida?
O intrigante é que nossa memória também grava coisas mesmo quando não temos consciência do que ouvimos ou vemos. Muita coisa foi depositada sem que percebêssemos. Então o importante não é mais saber quem te ensinou a ser assim e ter esses conceitos que hoje você carrega. Certos ou não, verdadeiros ou falsos, modernos ou antigos o importante é saber que tudo isso está aí dentro de você. E não são criações mortas ou neutras. Tudo o que lhe foi embutido se tornou em vozes que falam por dentro.
São com nossos pais, com nossos parentes, professores e amigos com quem aprendemos a ser o que somos; A pensar como pensamos; A agir como agimos e a ser dessa maneira e não de outra. É com a televisão, com a moda, com o mundo com quem seguimos o que seguimos ou deixamos de seguir. São eles todos que nos deixaram como herança tudo aquilo que hoje acreditamos. Foi com eles que aprendemos a expressar nossos sentimos ou a retê-los a nós mesmos.
- “Não chora, menino!”.
Eles lhe disseram. E você aprendeu que homem não pode chorar.
- “Sexo só depois do casamento”.
E você aprendeu que se fizesse isso antes estaria agindo errado. E se agisse errado viria toda a dor, todo o trauma, todo medo de encarar aos outros e a si mesmo. E se fizesse qualquer coisa que “eles” achassem errado, isso lhe atormentaria. É por essa razão que vivemos a vida que os outros querem que vivamos. Aprendemos a acreditar naquilo que eles acreditam. E se fazemos errados, cai sobre nossa cabeça o peso de nós sermos errados. Quem disse que eles estavam certos? Quem disse que eles estavam errados? Bem, não encontraríamos uma resposta tão rápida. O que devemos ressaltar é que temos dentro de nós todas as verdades que eles nos disseram, mas temos também todos os conceitos falsos que nos ensinaram. E agora?
A solução não está em ouvirmos essas vozes, mas sim em sabermos refletir o que elas nos dizem. Nem tudo é o que você escuta. É melhor pensar que o melhor está em acreditar. Recorde: Alguém já lhe falou que o mais importante não é tudo aquilo que lhe falam, mas sim tudo aquilo que você acredita? Mas se tudo aquilo que você acredita é aquilo que lhe falaram, você tem que aprender a escutar somente o que convém.
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