Caro Lúcio Emílio,
O que é interessante na Usina é justamente essa viabilidade de um espaço democrático onde cada um publica, edita ou apaga seus escritos quando bem quer e entende. Todos participam e expõem os seus pensares livremente. Lógico que num espaço dessa natureza todos os tipos de tendências e "escolas" irão se formar: alguns preocupados com a qualidade, outros com a quantidade, outros com a vaidade de ser mais lido, outros abrindo seus próprios trabalhos nas suas referidas páginas para mostrar que tem leitores, outros tantos repetitivos, cansativos e copiativos; já apareceu por aqui até plagiadores e defuntos!, caso que foi sanado com muita discussão. Tem os que gostam também dos ataques pessoais e das baixarias pensando que isso é novidade, é ser avant garde ou gauche ou underground ou seja lá o que for ou pelo simples prazer de querer aparecer e ser notado. Ora, vulgaridade, palavrão, termos chulos não é literatura pela simples vontade de chocar. Se torna eficaz, sim, se usado apropriadamente, dentro do contexto, aí o escritor mostra que sabe usar a ferramenta da palavra. Contudo, se se tiver tempo e se ler rápido, consegue-se fazer uma garimpagem de bons textos, boas redações, bons pensamentos de onde a gente pode tirar alguma proveito. Como eu sou da teoria que aquele que se propõe escrever deve ler de tudo e de todos, eu leio muito do que aparece por aqui e comento o que vale a pena, agora briguinhas, ataques pessoais, picuinhas de fogueira da vaidade, entre outras coisas, prefiro lavar em outro tanque e secar em outro varal para economizar energia. O mais importante de tudo é que cada um tem a oportunidade de mostrar as suas vísceras.
Obrigado por trazer o assunto à luz da reflexão.
Abraços
Fernando Tanajura
http://tanajura.cjb.net
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