Chegas suave e silenciosamente,
Conquistas teu espaço sem pressa, lentamente,
Sabendo
Como dirigir-se aos teus semelhantes,
No momento certo, nem depois, nem antes,
Vivendo
Uma vida serena, que alguns conduz
Ao lugar exato, na hora precisa, qual rastro de luz.
Tens um jeito doce e meigo de acercar-se
E uma forma branda e natural de comportar-se,
Que conquista.
Fazes ser mais fácil e leve o dia a dia
Dos que têm o privilégio da tua companhia,
Haja vista
A paz e o bem estar que distribuis,
Iluminando tudo à tua volta, qual rastro de luz.
O poeta deve ser, antes de tudo, bom observador,
Saber ao longe reconhecer a paz, o amor,
As pessoas.
E este humilde poeta tem, no coração,
Dado por Deus, o dom da observação
Das coisas boas.
E reconhece em ti os invisíveis feixes azuis
Que te identificam aos meus olhos, rastro de luz.
Posso, pois, garantir que se a ti não conhecera,
Jamais saberia, na vida, o quanto eu perdera,
Nesse mundo.
E não houvera, então, de ter, na realidade,
Encontrado um tão puro sentimento de amizade,
Tão profundo.
Tu tens um brilho extraordinário, que reluz
Nos corações sensíveis, meu rastro de luz.
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