Sofrem, todos aqueles que amam,
As conseqüências do amor e clamam,
Desesperados.
Choram rios de lágrimas, doloridas,
Pela desdita que pontua suas vidas,
Coitados.
Esquecem-se dessa mui grande dor,
Buscando conhecer a sentinela do amor.
Perguntam, muita vez, até aos poetas
Quais são, se existirem, as completas
Regras
Que tratam deste nobre sentimento
E o que ocorre no exato momento
Em que te entregas.
Buscando, ainda, cada um ser sabedor
De qual seja, enfim, a sentinela do amor.
Vivendo nessa busca incessante,
Difícil é a vida de um amante
Confesso.
Por todo modo tenta ele conhecer
Aquilo que cuida de o amor proteger,
Sem sucesso.
O que seria, assim, o grande protetor,
A verdadeira e única sentinela do amor?
Parece, afinal, que essa busca utópica
Há de permanecer, como cousa filosófica,
Desconhecida.
Porque o que cuida de manter no coração
Acesa, sempre, a chama da paixão
Não se elucida.
Jamais será alguém, então, conhecedor
Desta misteriosa e pura sentinela do amor.
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