Dia 30 de agosto de 1998, estava ali na margem do rio Ijuí, nas proximidades da cidade de Santo Ângelo, ele que se chamava Alvarenga, Roberval Alvarenga. Estava fazendo trinta anos que Alvarenga tinha passado a sua primeira noite nos "braços do aranha". Esse foi condenado a trinta anos de prisão por ter assassinado brutalmente onze pessoas nas margens do rio Ijuí.
As mortes de seis homens e cinco mulheres chocaram a população de toda região. Os corpos foram encontrados sentados na margem do rio segurando uma vara de pescar como se estivessem pescando. Só que havia um horrível detalhe, os corpos estavam degolados e a cabeça estava enfiada no anzol como se fosse um peixe.
Os prefeitos das cidades da região, tais como Santo Ângelo, Ijuí, Cruz Alta, São Luiz Gonzaga; ofereceram, para quem trouxesse vivo o matador, uma recompensa de algo que hoje estaria valendo cerca de trezentos e cinquenta mil reais. A oferta não foi em vão, o matador foi logo encontrado no momento que o assassinava a sua última vítima, uma jovem de apenas dezoito anos. A recompensa foi dividida para quatorze sortudos que estavam pescando nas redondezas e acabaram por encontraram Alvarenga com o anzol na mão.
Roberval Alvarenga foi condenado à pena máxima admitida pela justiça brasileira, que é trinta anos de prisão.
Alvarenga acabara de sair da prisão, com cinquenta e sete anos de idade, convertido à Igreja Evangélica e, completamente arrependido do seu passado. Hoje ele está ali no mesmo local onde foi encontrado, com sua vara de pescador na mão, preparando-se para cometer o seu último crime.
Alvarenga, Roberval Alvarenga, mata-se enforcado em uma árvore à beira do rio Ijuí com o anzol pendurado na boca, como se houvesse sido pescado.