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Cordel-->O seu a seu dono... E o santo todo se mata!... -- 21/06/2005 - 23:59 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Há poucos momentos, deparou-se-me o seguinte e-mail:

Mensagem referente ao texto E o santo todo se mata ! - Cordel.
Enviado Por: Stu
Da cidade: Porto-Portugal

Olá , como vai ?
Li o seu excelente artigo e gostaria apenas de deixar aqui uma ligeira
correcção ao mote:

São João para ver as moças
fez uma fonte de prata
as moças não foram a ela
São João todo se mata

Autor Luíz Eloy Silva (música , letra e interpretação , gravado para a
Valentim De Carvalho em 1928)

Muito agradecido não apenas pelo texto mas tb pelo mote.

Abraços

Eloy Silva (Filho)


Ora, sem mais, acorri ao texto que publiquei em 23 de Junho de 2003, e efectuei prontamente a correcção sugerida e o óbvio acréscimo do nome do seu autor, Luiz Eloy Silva, um autêntico trovador tripeiro em 1928. Daí, em pequenino, a trova entrou-me no ouvido e, felizmente, ainda cá anda e andará permanentemente bem viva.

Santo da minha cidade... Milagre da liberdade...

Mote original:

São João pra ver as moças
Fez uma fonte de prata
As moças não foram a ela...
São João todo se mata !...

Autor: Luiz Eloy Silva
Porto - 1928

SÃO JOÃO 2003 = PORTO

A partir desta hora em Portugal, consoante o Porto mais se afasta da calorosa e esplêndida benesse do sol, mais também as benções da tradição sanjoanina acobertarão a cidade.

No ar já se sentem adensados e em deliciosa mistura os peculiares cheirinhos culinários que polvilham a grande festa: caldo verde com chouriço, sardinha assada, cabrito assado, tintol de arrasar gigantes. Os perfumes naturais do manjerico, do alho-pôrro e da erva cidreira bailam na brisa. A música dos martelinhos vai subindo de tom.

A grande noitada vem aí. Nas ruas descendentes até ao rio Douro, minutos antes da meia-noite, não sobrará nesga por onde passe a independência. A multidão desloca-se em levada compacta, em irmanado e alegre alvoroço, como se de único corpo se tratasse. Não há distinção alguma entre credos ou condição social. O povo dá-se por inteiro à grande guerra da alegria. Ri-se, chora-se, sua-se de aprazível comoção.
O milagre humano acontece espontâneo e saudável enquanto a esperança numa humanidade absolutamente irmã floresce.
Bem... Quantas marteladinhas apanharei esta noite... 1000 ou 10.000?... Siga a rusga meu amor que eu vou seja onde for!...

São João de amor em viço
Fez uma fonte de prata
Mas as moças não vão nisso
E o santo todo se mata!

Dançando e a bater lata
Parte a rusga em reboliço
Pelo santo da cascata
São João de amor em viço

Para afastar o enguiço
E apagar a sede ingrata
O padroeiro em serviço
Fez uma fonte de prata

D água benta que bem trata
O desgosto mais omisso
São João ata e desata
Mas as moças não vão nisso

Tu atiças... Eu atiço
Não falta quem mais se bata
Em fogo sem dar por isso...
E o santo todo se mata!

Torre da Guia

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