Às vezes, sentimos falta qualquer,
Que não sabemos ao certo qual seja,
Alguma coisa que muito se deseja,
Mas que impossível nos é perceber.
É, então, que nos assola a inquietude,
E sentimo-nos tristes, insatisfeitos,
Como se em tudo houvera só defeitos,
Em ninguém encontramos a virtude.
E, debalde, tentamos identificar
A causa de tão profunda melancolia,
O porquê essencial que nos permita
Acalentar a alma triste e aflita,
Buscar dentro de nós uma alegria
Que nosso ânimo venha restaurar.
|