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Cordel-->DORA, A RAINHA DA BUCHADA DE BODE -- 14/06/2005 - 14:29 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu vou falar da família,
de uma cabocla formosa,
que aqui chegou com mobília,
braços fortes e toda prosa.
Das terras de Iracema, é filha
e tal qual a índia famosa
tem muito amor e muita fibra
pra não gostar de coisa torta.


De Maranguape, terra de artistas
como em todo o seu Ceará,
dona Maria Gorete só faz vistas
das coisas boas que há.
Casando-se com Cidinho boa bisca,
logo começaram a montar
uma barraca, onde só fica
gente bonita pra gente gostar.


Uma barraca de sangue bom
que ao caxiense e a cearense seduz.
Com Adriana dando o tom
e Leandro mantendo acesa a luz.
E mais Giselle e Vanessa com
o Thiago que no charme reluz
toda a alegria do som
no sorriso do passarinho andaluz.


A criação do forró na feira pelo prefeito
Foi um grande presente para a população.
Manteve e quiçá manterá com seu jeito
e sua nobre origem de povo do sertão.
Pois é nobre por ser brasileiro e afeito
às coisas do povo vem fazendo com coração
as obras necessária e isso é perfeito.
Fazendo de Caxias, no Brasil um pendão.


Com o já dizia o grande poeta caxiense
“O progresso é o lema que o trabalho escolheu”
o prefeito num ato de homem consciente
fez do trabalho, o governo seu.
Quem fala o contrário é o que mente
é o invejoso, o descrente e ateu
pois o prefeito aqui plantou a semente
e só nascerá trabalhador, nas graças de Deus.


Assim como a família da Dora que trabalha
Unida para o lazer e o conforto da sua;
tem um grupo de pessoas que rala.
Um grupo criativo que promove e atua
para possibilitar os eventos e a fala
nas manifestações populares que atua.
Tem muito trabalho e não se cala
o pessoal da Secretaria de Cultura


O Chiquinho Maciel é o apresentador
do “ Forró na Feira ” afamado.
O Carlinhos Lima coordenador
pelos menos é o que tenho observado.
Há os que trabalham e os como eu torcedor.
Assim como os outros que tem apoiado
e os que aplaudem com ardor.
Mas os dois são por demais empenhados.


O forró começou dentro da feira
depois sentou praça literalmente
ficando muito melhor na Roberto Silveira
praça e espaço cultural, naturalmente.
Depois de peregrinar pela ladeira
por trás do mercado, inultimente,
foi parar na praça Humaitá e na primeira
oportunidade voltou a origem, finalmente.


Barraca forte desde os primeiros dias
Pisca-pisca sempre mostrou seu valor;
mesmo chuva forte não lhe tira a alegria
nem se Dominguinhos por qualquer dissabor
errar no mote de uma cantiga de nostalgia.
Nem se a sanfona chorar pelo amor
de uma mulher que por fidalguia
deixou um plebeu aos prantos da dor.


Salve a senhora das buchadas
do baião e das galinhas cabidelas,
do feijão de corda e da aipimzada
com as carnes, que o sol cuida delas.
Do jabá e da farinha arrumada,
da cachaça que quando desce pela goela
deixa a alma do cabra tão animada
que mais parece festa de fitas amarelas.


O esquadrão de choque bem nascido
pelas sementes que um dia plantaram,
são mais que apenas uma filha ou filho,
são anjos que aos pais sempre amaram.
Como uma locomotiva sempre nos trilhos,
Dora os leva e traz nos caminhos que trilham
os que temem a Deus que ao ouvi-los
percebemos o quanto educados foram.


No esquadrão, Andressa, Luciana e Adriana
mantém na barraca o atendimento adequado.
O Leandro deixa a churrasqueira em chama
enquanto a carne leva o tempero acertado.
No panelão o aipim vai tomando gana
à espera de um molho bem temperado
que juntando com a farinha, desbanca
qualquer churrasqueiro apressado.


Essa barraca da Dora é porreta
como diz o nordestino da Bahia.
O Cidinho só é de fazer careta
pra quem não come com alegria
porque no forró não tem retreta.
É só xaxado dançado com galhardia.
Aqui ninguém “vê a coisa preta”
até de noite se dá bom dia.


Das meninas a Lucivanda vai primeiro
dar um valor para a antiga capital
desse Brasil bem mais brasileiro.
Filha de Dora também é maioral
nesse jeito doce e bem brejeiro
e nas panelas fazendo tão igual.
Com a Ana Paula, seu braço direito,
na feira de São Cristovão é a tal.


O Antonio Carlos um dos irmãos
foi da tropa de choque um dia,
Hoje só comparece em caso de precisão
por conta de trabalhar em outra freguesia.
Mas, deixou Tiago, um neto do montão
de netos que só trazem alegria
a Dora e Cidinho e a paz e a canção
do sorriso de Gisele e da poesia.


Dora trouxe do Ceará
as delicias da cozinha
do Nordeste Brasileiro:
o sarapatel, melhor não há,
nem tampouco o que se avizinha
num bode bem verdadeiro
perfumando todo o ar
com o cheiro da buchadinha.


O Baião-de-dois é demais;
com paçoca, queijo coalho
e, por cima uma carne solada,
deixando você muito mais
feliz do que o alho,
temperando uma picanha assada.
E, depois ficando em paz
Como quem acaba o trabalho.


Devo chamar sua atenção
para um detalhe importante:
não devo deixar um senão
pois mais que ouro é diamante,
essa família trabalha com coração
para a sua família ficar satisfeita.
Pois é feito com a imensa paixão
de quem serve uma comida bem feita.


No Forró da Feira de Caxias
os finais de semana são quentes.
Com muita dança, muita alegria
e com o bucho cheio de toda gente.
Sejam velhos ou crianças, tem muita poesia
nessa nossa Baixada Fluminense.
Dá ensejo pra ninguém ficar pra titia
e nem pra titio, ficam todos contentes.


Existe um casal de velhinhos
que de velho só os cabelos embranquiçados
pois com muito vigor e charminhos
dançam um forró chamuscado.
Pelos pés em busca dos caminhos
que levam a corações embrasados
na ternura da dança e nos carinhos
da noite de dois apaixonados.


Mas voltando ao que interessa
que é falar da primeira dama;
como diz o apresentador, sem pressa
pois o fiel público já aclama
e o povo inteiro atesta:
essa cearense é por demais bacana,
nos quitutes para as festas
que ao corpo e a alma abranda.


Salve o povo brasileiro
através da sua arte e da sua magia.
Salve a cultura popular através do braseiro
de sua dança, sua canção e sua poesia.
Salve o povo caxiense
através de seus nordestinos e nortistas,
de seus fluminenses, sulistas e mineiros
e de todos os seus artistas


Salve os seus trabalhadores
pois que é a namorada
como já dizia o poeta Barboza Leite.
E, o político pernambucano cheio de amores
muito mais do que uma amada
confirmou a sua sina para o nosso deleite.
Duque de Caxias agora, mais que nada,
é um pendão da nação brasileira.



Duque de Caxias, 10 de julho de 2004





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