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Poesias-->13. MINUTO DE GLÓRIA -- 27/01/2004 - 08:14 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Não é só jogo de cena

O que vim fazer aqui:

Vou mostrar não ser pequena

Toda a dor que eu mereci.



Passei uns tempos no Umbral,

Penando feito cachorro.

Foi porque eu fiz o mal

E jamais prestei socorro.



Dia e noite, perseguido,

Nas mãos dos meus inimigos,

Reconheci ter vivido,

Abusando dos perigos.



Entretanto, veio alguém

Que ficou fiel a mim.

Perseguido foi também,

Mas a luta teve fim.



Eu fiquei lá nos escuros,

Sem jamais compreender

Que foi por causa de uns furos

Que dei no meu bem-querer.



Meu companheiro, no entanto,

Pôs-se a trabalhar por mim.

Eu penava, no meu canto,

Num sofrimento sem fim.



Para dizer a verdade,

Julgava o sujeito à-toa:

Ares de grandiosidade

Não produzem coisa boa.



Uma luz então se fez,

No meu cérebro comum:

Era forte a embriaguez,

Mas o bem eu fiz algum.



Foi aí que me lembrei

De minha primeira prece.

Como é bela aquela lei

Que a salvação oferece!



Cria que o mundo não tinha

Nada que não fosse em vão:

Era longa a ladainha

Das dores do coração.



Uma coisa, todavia,

Chamou a minha atenção:

A suave melodia

Da palavrinha “perdão”.



Foi soprada ao meu ouvido,

Em hora de desespero.;

Ganhava agora sentido:

Injustiça era exagero.



Sempre fui eu que pedi

Que os outros me perdoassem:

— “Por isso é que estou aqui:

Eu queria que me amassem.



“Mas eu mesmo jamais dei

A ninguém o meu perdão:

Se existe forte uma lei,

É a da compensação.”



Refletindo dessa forma,

Compreendi ser a tal norma

Dar p ra receber de volta.;

A barba ficou de molho,

Já não mais olho por olho:

Por bem noss’alma se solta.



O meu amigo voltou.

Sinal de que perdoou

Toda minha aleivosia.

Regenerou a carcaça,

Recebeu e deu de graça.

Minha cabeça fervia.



Foi só aí que a memória

Teve seu papel na história

Desta recuperação:

Relembrei o meu momento

De tristeza e encantamento:

Chorei no meu coração.



Já não mais tinha inimigo.;

Ninguém brigava comigo.;

O mundo rodopiava.

Senti que havia sugado

Algum fluido bom, danado:

Meu vulcão não tinha lava.



Termina aqui minha história.

Foi um minuto de glória

A bênção do mediunato.

Os estudos são dever

Que cumpro com bem-querer:

Este trabalho é um fato.



Talvez alguém se interrogue

Como é que, estando eu tão grogue,

Consegui esclarecer-me.

Foi depois de muita luta

(Deu-me o amigo mão batuta)

Que perdi feição de verme.



As idéias são gerais.

Não poderia jamais

Reproduzir toda dor.

Já basta de sofrimento:

É grande o contentamento

De me expandir em amor!



Eis o que me representa

Esta poesia que intenta

Dar exemplo de carinho.

Quem prestou muita atenção

Já guardou no coração

Que o bem se faz de mansinho.



Se aceitar um bom conselho,

Corra p ra diante do espelho

E analise o seu semblante.

Quem estará do outro lado

É alguém apessoado,

Ou tem cara de farsante?



Respondida essa pergunta,

Veja só se ainda assunta

A respeito de quimeras.;

Ou procurará fazer

Todo bem como um dever,

P ra crescer nestas esferas.



Pense, na hora do adeus,

Em dispor, nas mãos de Deus,

Sua alma evoluída.

Serão sublimes os cantos:

Todos os anjos e santos

Exaltarão sua vida



Porém, não morra egoísta,

Querendo que só exista

Felicidade p ra um.

Pense na grande alegria

Que vai dar à confraria,

Com um bem muito incomum.



Sendo assim, você terá

Que resolver, desde já,

Ser fiel a Jesus Cristo,

Estudando a sua lei,

Ajudando a sua grei,

Dizendo: — “Que bom que existo!”.;



Também rezando em secreto,

P ra demonstrar ser discreto

Aos olhos do Criador,

Que, ao ler em seu coração,

Conhecerá a razão

Do esforço de tal amor.



Voltaremos, em seguida,

Para terminar na vida

A conquista da virtude:

Sofrer ainda sofremos,

Porém, mais leves os remos,

Teremos outra atitude.



Queremos deixar escrito

Que o progresso é infinito,

Mas depende só de nós.

Estes amigos do etéreo

Julgam ser problema sério

Não ouvir de Deus a voz.



Fala ela na consciência,

Se não houver resistência

Que se oponha muito louca.

Foi, por isso, que eu fiquei

Lá no Umbral, cumprindo a lei:

Na Terra, eu dormi de touca.



Que mais deverei dizer

Que não seja agradecer

Aos irmãos que me ajudaram:

Um, escrevendo solerte,

Impedindo que me aperte.;

Os demais me sustentaram.



Volto agora ao Criador

Um pensamento de amor

Pelo bem que recebi,

Desejando ao grupo amigo

Que cresça junto comigo,

Nas bênçãos que caem aqui.



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