Derramei meus tristes olhos
Em teu meigo sorriso branco
E encontrei na tua boca
O fiel do meu destino.
Soube, então, que era dona
Da fortuna e do encanto
Herdeira absoluta
Do teu riso de menino.
Brancos dentes a emoldurar o Éden,
Rubros lábios de espessa ternura,
Dão-me paz e nada pedem,
Dão-me gozo em virginal brancura.
Pérolas nacaradas de intenso brilho,
Teu sorriso é como um vôo de cavalos alados,
Porções de céu a provocar calafrios,
Adornos do paraíso degustados no pecado.
Pombos lhanos a revoar minh alma,
Ímãs celestes atraindo beijos subornados,
Tempestade perene de águas calmas,
Santuário desse amor imaculado.
Lílian Maial
Rio, 16/10/00
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