Usina de Letras
Usina de Letras
221 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140786)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6176)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->SÃO JOÃO SERTANEJO -- 03/06/2005 - 07:17 (Andarilho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131197870671012300
SÃO JOÃO SERTANEJO
Silva Filho



Dentro do novo milêniu
Bem mió tá o Arraiá
Trabaiadô franze o cenho
Quando vem pra quadriá;
Se tem festa no ingenho
Passando por perto, tenho
Uma vontade de espiá.

Os anos passam correndo
Como se fosse um rojão
O povo sempre vivendo
A sua melhor tradição;
No mês de Junho, só vendo
Pelo Sertão – que tremendo!
Como é bonito o São João!

Fogueiras pra todo lado
E as diversas brincadeiras
Cardápios bem variados
Compensando a bebedeira;
Sem faltar o milho assado
Que traz um cheiro atrelado
Ao ar livre, como u’a feira.

Quantos fogos de artifício
Quantas prosas no salão
Essa festa é quase um vício
Da mais pura emoção;
Quando ocorre estrupício
É questão de exercício
Dum grande amor e paixão.

Bom mesmo é a quadrilha
Com festa de casamento
No sangue a pinga fervilha
Depois vem o juramento;
Mas ao ver a armadilha
Corre o noivo uma milha
No trote do seu jumento.

Somente um mal-entendido
Pra quem não foi informado
Que o ‘cazamento finjido’
Não deixa o cabra amarrado;
Mulher não tira o vestido
Não tem cama, nem cupido
Nem o noivo vai armado.

E os acordes da sanfona
Dão o tom d’animação
Mulher nova e quarentona
Jogam laço no salão;
Na pose de amazonas
Persistentes, falastronas
Vão montar um garanhão.

Durante toda a festança
Vai chuvê muinta muié
Daquelas qui se intrança
Do cabelo inté o pé;
Logo adispôs duma dança
O peão a potra amansa
Na midida in qu’ela qué.

Vai corrê solto o São João
Lá no fundo a canturia
Vai tê forró cum baião
No salão, João e Maria;
Bem presente a tradição
Simbolizando o Sertão
Que mantém a alegria.

Quem tivé mió quadria
[Não do crime organizado]
Não fica de mão vazia
Pôis vai sê recompensado;
Cum direito a ufania
Promovido a uma chefia
Do São João no meu roçado.

Fica aqui o mêu recado
Só pra num passá batido
Quando se fala em roçado
Vem mexê cum mêus uvido;
No sertão eu fui criado
E mêu imbigo interrado
Me dêxa mais invorvido.

Que o povo folgue à vontade
Que se preserve o São João
Momentos de amenidade
Que dão força ao coração
Pelo que eu vi, de verdade
Quando apertar a saudade
Volto a brincar no Sertão.


/aasf/



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui