Homem de lugar nenhum, talvez...
Ou seria, então, de qualquer lugar
Alguém que se parece adaptar
Ao local onde se encontra, a cada vez
Que as contingências da vida o levem
A, de novo, migrar, tão de repente,
Como se tudo consistisse, tão somente,
Em se fazerem as coisas que se devem?
Mas, afinal, por que ter que definir
Todo nome, toda coisa, toda pessoa,
Como se tudo, para ser validado,
Necessitasse ser classificado
E, em não o sendo, fora à toa
A sua própria razão de existir?
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