Eu continuo perdendo membros: são pedaços de braços e pernas que vão ficando pelo caminho. Mas calma. Não me classifique ainda como uma aberração. O pouco de massa corpórea saudável que ainda me resta é suficiente para ver que um dia eu fui um ser humano normal. Pelo menos isso é o que o espelho me diz. Mesmo tendo eu o sujado com meu sangue podre e o ameaçado com uma quebra parti-lo em mil pedaços, ele ainda só mostra a realidade. O único ser que nunca mentiu para mim: o espelho.