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Contos-->O ET de Vagina -- 30/04/2003 - 16:42 (Clodoaldo Turcato) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Este dialogo presenciei dentro de um posto de saúde no Bairro do Ibura, numa manhã que lá estive para uma consulta. Um homem do interior, aproximadamente cinqüenta anos, fazia o prontuário, atendido por um servidor tranqüilo, desses que tem uma vida na mesma função:
- Pra que médico? – perguntou o atendente.
- Clinico...
- Seu nome é...- olhando a carteira de identidade – Roboaldo Amancio da Silva, é?
- É esse mesmo. Mas não é Amacio, é Amâncio. Roboaldo Amâncio.
- Nome estranho, hem!
- Feio?
- Não, não... de forma alguma, só estranho.
- Eu acho um nome bonito.
- É pensando bem é um nome forte.
- Forte eu sou mesmo.
- Mas me diga: como te chamam os amigos mais chegados, tens um apelido?
- Tenho sim: é ET de Vagina
- Varginha, o senhor quer dizer.
- Não, é vagina.
- Senhor, é Varginha, em homenagem ao suposto E T que teria pousada em Minas Gerais.
- Quem disse isso ao senhor?
- Ora todo mundo sabe.
- Todo mundo sabe meu apelido?
- Não, todo mundo sabe sobre o E T de Varginha?
- Tudo. O seu apelido não pode ser ET de Vagina. Sabe o que é uma vagina?
- Não?
- Pois é um órgão da mulher, faz parte do aparelho reprodutor feminino, entende?
- E o que o aparelho reprodutor feminino tem com o meu nome?
- O aparelho nada, mas a vagina tem.
- Mas o senhor falou agorinha que não tem nada a ver.
- Tem, quer dizer não tem. Vagina é diferente de Varginha, entendeu?
- Não.
- E tu já viste uma vagina?
- Não, nem sei o que é isso.
- Bem – baixinho – e uma boceta?
- Há sim, eu tanto vi que tenho uma no cavalo.
- Como assim?!
- A boceta, pra levá mercadoria; é de couro puro.
- Não, não é isso.
- O que é então?
- Perereca, já viste?
- Muitas, lá em casa tem muitas, é uma sapaiada só.
- Não! Não é perereca de sapo, é perereca de boceta.
- Mas é sapo ou boceta afinal!
- Meu amigo, você não está entendendo : o que eu falo é... bom, coisa da mulher. Fala ai, nunca comeu.
- O quê?
Baixinho no ouvido
- Um periquita...
- Não, periquita não. Comi muita rola na minha vida, mas periquita até acho que faz mal.
- Ah! então é chegado numa rola.
- Muito; principalmente se for grande, daquelas que uma só já satifaiz. De rolinha quero distância, a gente come, come e nunca enche.
- Bom, eu prefiro periquita, rola não é comigo – gracejou o atendente.
- Há! mas bem assada vai que é um luxo.
- Assada?
- É, depena e frita. Ou pensava que eu comia o passarinho cru?
- O senhor fala da pomba-rola.
- É, e de que mais seria?
- É de tabaco.
- Tabaco? Eu nem fumo...
- Sei. E xoxota?
- Nunca ouvi fala.
- Meu Deus do céu!
- Mas me diga: o que isso tem a ver com meu apelido?
- Nada – desistindo irritado – Mas o correto é Varginha e não vagina, entendeu?
- É vagina sim!
- Amigo, o único E T que eu conheço é o de Varginha.
- Qué dize que vagina não conhece?
- Claro que conheço, sou homem.
- Mas que home doído, falou agorinha que não conhecia?
- Conheço sim!
- Varginha?
- Eu não conheço Varginha, conheço vagina – berrando.
- Olha, vou te falar um negócio: tira umas férias que o senhor endoidô.
- É?
- É; e me dá esta ficha.
Fui o próximo, sem menção alguma ao E T . O atendente estava desolado.
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