MULHER ROBÔ
Ao teu comando,
Ao teu gosto!
Mãos ágeis, superfície fria,
Porcas soltas, a mente vazia.
Sentimento nenhum,
Mulher robô comum.
Coração de lata
Em vez de sangue, óleo de máquina.
Seu andar já é sem graça
O cumprir tarefas tem pressa.
Seu olhar, nada vê,
Aquilo que vem de você.
Ao comando
Fará tudo, não amando.
Mulher robô
O teu sonho, alguém roubou,
Teu coração esfriou
Teus sentidos o tempo congelou
Vive para obedecer
Sem algum prazer.
Uma máquina sem valor
Que esqueceu o que é amor.
Cleide Yamamoto.
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