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Cordel-->Peleja no BECO -- 12/05/2005 - 13:33 (Manoel Antonio Bomfim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Caríssimos(as)

Aqui em Natal - RN, tem uma comunidade/associação
chamada SAMBA, num local chamado Beco da Lama, que é mais que um beco é uma rua tradicional, por onde circulam grandes e bons poetas/escritores/intelectuais da sociedade natalenses. São pessoas bem informadas. E existe um site Alma do Beco. Onde se publica de tudo, bem parecido com o Usina de Letras. Mas, com uma diferença, porque as pessoas se comunicam através de email s, diuturnamente. Eu tive o atrevimento de me inserir nesse grupo.

Estou publicando essa Peleja no Beco, com autorização dos mesmos(Laélio Ferreria e Antoniel Campos) dois "cabras arretados" na escrita.

Peleja no BECO
(Antoniel Campos x Laélio Ferreira)

( I )

Laélio eu vou lhe ensinar.
na volta de Antoniel

Laélio, chegue mais cá,
puxe a cadeira e se sente.
Fazer glosa inteligente,
Laélio eu vou lhe ensinar.
Sou o tampa do lugar,
na Terra, inferno e no céu,
e o filho de Otoniel,
parece não herdou nada,
vai ter que ler tabuada
na volta de Antoniel
(AC)

( II )

A sua tampa, Engenheiro,
eu destampo num minuto

Não invada o meu terreiro
pois aqui galo sou eu !
- Veja só onde meteu
a sua tampa, Engenheiro !
Fique longe, no aceiro
dos sonetos – seu produto...
Nas glosas cobro tributo,
tiro-lhe a régua e o compasso,
esculhambo, e o seu parnasso
eu destampo num minuto !
(Laélio Ferreira)


( III )

Quer na glosa ou no soneto,
Aqui quem manda sou eu!

Botar-lhe-ia num gueto,
se nos "quatorze" o enfrentasse.
Não há ninguém que me passe
quer na glosa ou no soneto.
e o seu tributo, eu prometo,
será ver meu apogeu
lhe ensinando em meu liceu
a rima que não lhe chega.
Você manda em suas "nêga",
aqui quem manda sou eu!
(AC)

(IV)

“Quer na glosa ou no soneto
aqui quem manda sou eu”

Sou chama de carbureto,
você pra mim é um fracote
- aceito até o seu mote:
“quer na glosa ou no soneto” !
De Satanás peço o espeto,
vou invocar Asmodeu:
na encruzilhada o seu
boneco todo furado
vou despachar com agrado
- aqui quem manda sou eu !
(Laélio Ferreira)

( V )

Eu canto ao Beco da Lama
O meu mais sublime verso

A quem fracote me chama,
já sabe que eu canto mais.
Você canta a Satanás,
Eu canto ao Beco da Lama.
Minha glosa é pra quem ama,
mas também sei ser perverso:
tem pé-quebrado, disperso,
no seu verso sete, acima,
e assina embaixo e em cima
O meu mais sublime verso !
(AC)

( VI )

“Quer na glosa ou no soneto
aqui quem manda sou eu”

A ripa, já, já, lhe meto
se demorar na resposta
- sua equipe é muito bosta
quer na glosa ou no soneto...!
Não procure calafeto
de aspones do Silogeu,
não verseje em priapeu
pois minha glosa é formosa,
deixe de goga e de prosa
- aqui quem manda sou eu !
(Láelio Ferreira)

VII)

Eu canto ao Beco da Lama
O meu mais sublime verso

O meu peito chora e clama,
quero cantar a “Praieira” !
Com saudade, a vida inteira,
eu canto ao Beco da Lama !
É amplo o seu cosmorama,
palco de vida diverso,
é variado, disperso...
- Mas é onde eu quero, um dia,
fazer com muita harmonia
o meu mais sublime verso !
(Laélio Ferreira)

VIII)

“Satanás” rima com “mais”,
“disfarce” rima com “face” ?

(An)Toniel, mo digas: vais
dar um jeito às tuas rimas?
Não mo venhas com pinimas
- “Satanás” rima com “mais”?
E não cometas, jamais,
afirmação tão fugace,
me jogando à anteface
pé-quebrado inexistente !
- Diga agora, meu decente:
“disfarce” rima com “face” ?
(Laélio Ferreira)

( IX )

Minha rima é no fonema,
já nasci metrificado.

Não vejo nenhum problema:
assonância? consonância?
eu rimo é com elegância:
minha rima é no fonema!
você quer mudar de tema,
mas eu volto ao pé-quebrado
— sou assim mesmo, abusado:
seu primeiro verso é falho!
pedindo, quebro seu galho:
já nasci metrificado !
(AC)

X)

No bom ardor da refrega
cometi um pé-quebrado

Nosso embate não foi brega,
não parti pro fescenino,
você deu sorte, menino,
no bom ardor da refrega !
Não virei de bordo à cega
do Sesiom aloprado,
não lhe chamei de cagado,
sequer falei de Clotilde
- mas confesso, muito humilde,
cometi um pé-quebrado !

Laélio/2005
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