Estava eu num mundo novo, encantado,
Onde, do nascer ao pôr do sol,
Cantava o curió e o rouxinol
E o povo todo vivia irmanado.
Cada um ajudava o seu vizinho
Estava-se sempre com algo ocupado
E não havia um só pobre coitado
Que por um instante pudesse ser sozinho.
Nesse mundo a paz era um mandado,
O amor contagiava os corações,
A música era ouvida o tempo todo.
Ninguém era vítima do engodo,
A vida era um mar de emoções.
Então, eis que acordei: tinha sonhado.
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