Sempre que se pode , corre
Fugindo, escapulindo, pulando o muro
É mais fácil, indolor
E assim se sobrevive apenas
Quanto tempo não se sabe
O tempo que vamos ter
O prazer é breve
A dor infinita
Brincando de caça e caçador
Às vezes vítima
Outras algoz
Seguimos perdidos no tempo
Sem saber direito o que acontece
Marionetes em mãos caprichosas
Iludidos com o que se vê e toca
Prisioneiros dessa ilusão
Mas o desejo de liberdade
Surge frágil , inconsciente
Quando a música, o sol, o mar
Insistem em nos lembrar
Que o impossível não existe
Pra quem não se entrega
E luta, não foge
Faz a alma brilhar |