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Discursos-->Não custa Lembrar -- 02/05/2002 - 20:44 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Estava o governo em seu lugar, veio a seca atrapalhar. A seca sem água, o sol na cabeça, semente não há, e assim sem plantar, não nasce mais nada, não há o que comer, não há o que beber, só há que esperar, dormir e morrer.
Morrer é o de menos, pior é sofrer, com fome e com sede, sem ao menos terreno onde possa plantar. Terreno adubado, terreno emprestado ou terreno suado. Sem terra não dá, não dá prá plantar.
Não dá prá esperar, a fome é urgente, não dá prá invadir, é ruim para todos, é ruim para a gente. Nem ser inadimplente, nem tente tentar, o banco é fechado, dinheiro não há. Nem terra existe, prá eu trabalhar, mas onde plantar?
Quando há seca, falta energia, ficamos todos no escuro, até mais de um dia .Não se pode arar. E nem rastelar. Muito menos plantar.
E a conta de luz não aclara, nem gema, vem sempre mais cara, prá compensar prejuízos, das concessionárias. Por culpa de nossa gente, que economizou no consumo. Trocou lâmpada, fechou freezer, parou máquinas e tratores. Muito sol, muito calor, e o ventilador ficou parado. Tudo como combinado.
Mas as chuvas apareceram, encheram reservatórios, rodaram turbinas e motores. E veio a promessa de que agora, o apagão ia embora, e com ele os dissabores..
E quando estava tranqüilo, preparando a fantasia, pro carnaval que viria, a nossa conta de luz, sofre um tremendo aumento, sem qualquer explicação.
E a gente fica pensando, como é que essa gente, tão estudada lá fora, faz essa patifaria! A gente corta energia, o consumo cai no chão, a conta de luz aumenta, e isso só se explica, que é caso de economia, ou seria de ladrão?
Economia de quem economiza, ou economia de economista, até agora que eu saiba, ninguém sabe da pista. Pois não passou nem um mês, da chegada do fantasma, do fantasma do apagão, eis que surge o blecaute, outro nome do apagão, escurecendo vários pontos, desta imensa nação.
E mais uma vez o governo, sem ter uma explicação, vem de novo com a notícia, com a história do apagão, com o nome renovado, por todos ele é chamado, do blecaute da confusão. Pega a gente de surpresa, ainda com tudo que é aparelho, no mais profundo desuso, dizer que a causa de tudo, que derrubou a tensão, nem foi falta de investimento, nem sequer manutenção, foi pior do que eu pensava, que ninguém imaginava.
Não foi nem falha humana, nem falha técnica, nem chuva. O que aconteceu foi confuso. Parece até absurdo, mas foi um anãozinho de ferro, um pequeno parafuso.
Agora só nos resta esperar, para quando a eleição chegar, de novo economizar e, desta vez, não votar.
Não votar em quem só lembra de governar com a chuva e em São Pedro confiar. Ao invés de fazer os investimentos, cada qual no seu tempo e lugar. Prá não que a gente, fique de novo no escuro, e o governo em cima do muro, vendo a banda passar. Não voto em governo antigo. Que de velho caiu em desuso. Que acredita em fantasmas, em forma de parafuso. Governo que, tudo indica, explica mas não justifica, promete e depois retifica.

Domingos Oliveira Medeiros
Repr. A pedidos.
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