Por que aprisionas os corações
E muita vez lhes causas sofrimento e dor,
Quando se dão, sinceros, com ardor
E passam por tantas desilusões?
Por que não podes plantar neles a semente
Que, ao florescer, seja uma fonte de ternura
E que os livre de toda a amargura,
Amando e sendo amados, tão somente?
Por que, enfim, hás de ser tão complicado
E não podes, nesta vida, simplesmente,
Andando de mãos dadas com a virtude,
Fazer, amor, com que vivam tua plenitude
Aqueles que a ti recebem, sinceramente,
Em seu íntimo, com o espírito desarmado?
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