SAUDADE NÃO TEM IDADE
Cleide
Amigo, é sempre bom
No recordar, sentir saudade
Canções que marcaram
Bailes bons de verdade,
Grandes festas de sábado
Época de pouca maldade.
Mario
E por falar em canções,
Vivemos um tempo de amor,
De letras apaixonadas
Que às vezes falavam de dor,
Mas que eram entoadas
No fundo, com muito ardor.
Cleide
Ainda falando em amor
Lembro o vestido rodado
Do longo rabo de cavalo
Do flerte todo acanhado
Do escurinho do cinema
Do beijo tímido roubado.
Mario
Época áurea, de fato,
De juventude sadia,
Que até um tanto rebelde
Aos mais velhos parecia,
Mas que levava uma vida
De pureza e alegria.
Cleide
Recordo lindos festivais
Do brucutu, do conversível,
Do Roberto e suas canções
Fazendo tudo ser possível
Dos filmes românticos
E James Bond o imbatível.
Mario
E foi muito bem lembrado
O tempo dos festivais
Com mensagens otimistas,
De amor e muita paz,
Tempos bons, que realmente,
Agora, não voltam mais.
Cleide Yamamoto e Mario Roberto Guimarães |