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Sou metido a escritor,
falo coisas sem pensar,
falo coisas do amor,
mesmo sem poder falar.
Digo que vou propagar
marcas que não vão marcar,
brins azuis que vão perder
a cor ao amanhecer.
E bebo, em frente ao mar,
sem nele poder navegar.
Vejo um peixe a nadar
num copo com pedras, vulgar.
O vento bate pra lá,
a chuva bate pra cá
e a palmeira conta não dá
de a um deles contentar.
Recebe água como eu,
bebe até estontear.
O vento nunca cedeu
e eu, só, vou cair no mar.
No mar não preciso pescar,
não preciso pedir
pra você me amar.
Só preciso sentir
a profundeza do amor,
a vastidão do bem,
a ausência da dor
e a paz que, então, vem.
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