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Artigos-->MEDMÓRIA DO RECITAL DE MARY MCKINNEY -- 03/11/2023 - 12:50 (LUIZ CARLOS LESSA VINHOLES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

MEMÓRIA DO RECITAL DE

MARY McKINNEY

 

L. C. Vinholes

16.11.2012

 

Em 7 de março de 1958, no Teatro Nihonseinenkan, em Tokyo, tive o prazer de assistir ao recital de Mary McKinney que, pela primeira vez se apresentava ao público japonês com coreografias próprias, criadas para músicas minhas e dos compositores Ulrich Kessler[i] e T. Shibuya.

 

 

 

Quem é Mary McKinney?

A “dançarina criativa” estadunidense, nasceu em Portland, Oregon, e começou seus estudos de dança aos 12 anos de idade, momento em que abandonou os estudos de música, mas, com o que conhecia do piano, trabalhou para ajudar no pagamento de suas aulas de dança iniciadas sob a orientação de Drid Williams[ii] que, reconhecendo o pendor de sua discípula nas primeiras duas semanas, ofereceu-lhe bolsa de estudos. Mais tarde, Mary ganharia, também, bolsas de estudos em escolas de Hollywood, na Califórnia, para cursar o Reed College. Com 16 anos de idade desempenhou o papel de Susan the Silent em Finian´s Rainbow[iii] alcançando marcante triunfo. Por algum tempo, dedicou-se ao teatro participando de Lady´s not for burning, de Christopher Fry, e Grass harp, de Truman Capote, mas Mary nunca descuidou dos seus estudos de dança onde seu talento era expressivo e singular. Foi em Portland que criou suas primeiras obras coreográficas, mas, desejando aperfeiçoar-se, embarcou para a Inglaterra onde teve como mestre Andrey de Vos que lhe deu a oportunidade de encontrar seu estilo e de nele criar novas obras para ela mesma e para conjuntos de muitos participantes. Depois de estudar na Inglaterra e na França, foi para a Alemanha onde encontrou Mary Wigman[iv], “a grande dama da Dança Moderna”, onde “experimentou inspiração marcante em contato com o coração e a origem da Arte da Dança Criativa”, tendo a orientação indispensável para polir e refinar suas obras. Os críticos de dança na Inglaterra e na Alemanha, bem como nos Estados Unidos da América do Norte concordam que Mary McKinney, naquele país, é a “pioneira da Dança Criativa e que sua arte é moderna no mais lato senso e progressivo sentido da palavra”.

Dois dias depois do exitoso recital, o jornal The Mainichi, de Tokyo, publica comentários elogiando a artista afirmando que “ formas e padrões vívidos e de grande fluidez de movimentos foram pontos marcantes do recital daquela sexta-feira”. Fazendo referência aos demais participantes, informa que “a bailarina americana estava assistida por membros do Instituto Kuni de Dança Criativa e afirma que "os três humores das "Crianças - travessas, fracas e felizes -, foi um dos números mais apreciados pela audiência comparativamente pequena, mas agradecida”. Registra que “Existencialismo foi outro número que provocou comentários” e faz referência às coreografias intituladas Quarto vazio,[v] Doença do Sol, Perseguida e Aspecto de generosidade.[vi] Comenta que o recital terminou com o "belo Dueto para três, de Mary McKinney, Emi Kuni e Setsu Kuni, seguido dos “padrões coreográficos de Lugar para tristeza, para quatro dançarinas e dos agrupamentos de massa Experimento 99 e Cor e Energia. Finalmente não deixa de elogiar "os efeitos de iluminação de S. Oba que, “com o uso habilidoso das luzes vermelhas, âmbar e azuis ajudou na criação do clima” do recital. A música foi executada pelo pianista Takao Watanabe, o flautista L. C. Vinholes e com o uso de discos.

 

[i] Ulrich \Kessler compositor e pianista alemão nascido em Dessau, em 1905 e falecido em Berlim em 1984.

[ii] Dr. Drid Williams depois de dedicar-se à dança e à coreografia, abraçou a antropologia social. Formada pelo St. Hughes College, in Oxford (1976) é autora de “Ideokinesis and Dança” Antropologia e movimento human: dez conferências”

[iii] Um musical satírico de Ella Logan.

[iv] Mary Wigman (1886-1973) dançarina e coreógrafa alemã, foi professora de Masami Kuni, fundador e diretor do Instituto Kuni de Dança Criativa, de Tokyo.

[v] Quarto vazio, peça de 1958, de L. C. Vinholes, para piano, flauta e triângulo.

[vi] Aspeto de generosidade, peça de 1958, de L. C. Vinholes, para piano, flauta e triângulo.

Comentarios

Maria do Carmo Maciel Di Primio   - 14/11/2023

Fiquei encantada com a "Memória do Recital de Mary McKinney"!! Ela foi em busca de seu sonho e talento ! Bela foto !!
Também gostaria de ver um vídeo ou ouvir um áudio da apresentação, conhecer "Quarto vazio"e Aspecto de generosidade" composições do Vinholes.

Roseli  - 05/11/2023

Fiquei com vontade de conhecer as partituras ou as músicas que L.C.Vinholes executou nessas apresentações. Se houver alguma indicação de vídeo/áudio, por favor, poderia me indicar?

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