Sempre desejei um amor desvairado
Louco,
Um tanto insano
...Incontrolável.
Algo sem forma, um ser sem fórmulas.
Uma vida inteira juntos, sem barreiras
E tão imenso e circunflexo que não se veja o fim.
Sempre, um amor sorridente
Um querer estonteante
Aquele amor de gritos e sussurros
Altos e baixos
Mãos e lágrimas
Bocas e ouvidos
Peitos e bundas, despudorado.
Um amor obsceno, singelo,
Terno, quente, voraz, proseado, de olhares e gestos
Um amor que consuma toda minha energia numa só noite
Num bocado de beijos
E deixe por fim os corpos exaustos na cama a se olharem.
Sempre quis um amor que me deixasse sábia
Que me despertasse às coisas sublimes da vida
Ah, como desejei um amor cálido, sólido e à flor da pele.
Frágil, sensível cuidadoso
Belo simples
Gracioso, humano infantil
Um amor perfeito, com todos os defeitos que só apaixonados
conseguem ter.
Sempre...desejei...
Um amigo, um irmão
Um amante um pai
Um homem que não seja eterno
Mas viva sempre em mim.
Erika Viana
|