O que move o mundo
Eu não sei porque escrevo tanto; deve ser para quando eu ficar velho rever tudo e constatar a grande droga de escritor que fui.
Eu sempre tive comigo uma convicção, apoiada pelo Marques de Sade: Um homem só é feliz com uma "boa mulher". O boa aqui destacado, é boa em tudo: cozinhar, passar, cuidar dos filhos, perdoar e fundamentalmente ser boa de cama. Me perdoem o chulo, mas mulher puta mesmo, daquelas que sabem tudo de sexo; iguaizinhas à s que buscamos nos bordéis. Estas, dignos exemplos de nossos anseios, fumam, bebem, dançam, sorriem e, mesmo fingindo à s vezes, são doidas por sexo. Todo o sujeito que tem uma mulher assim é feliz.
Quem for honesto, admite que adora uma vagabunda, ou seja, Ã quela que tem por único oficio fazer seu parceiro feliz. Mas até admitir isso vai um século, dentre os seus esconde seu verdadeiro desejo. Se convencionou que uma boa esposa deve ser certinha, consciente de seus deveres para com o lar, mesmo dando duro o dia inteiro, deve, quando a noite chegar, estar disposta para o amor. Geralmente esta senhora não foi ensinada que um casamento não se faz somente como mesa e banho, mas sim com muita cama. Ao inferno com isso! Tudo acaba no caminho mais prático: separação. Além de uma vida frustrante, cheia de tédio, chega-se aos trinta com cara de sessenta. E por quê? Por que deixaram o sexo para último plano, daí vai-se buscar na rua o que têm dentro de casa.
Escrevo isso com tranquilidade pois já tracei este caminho. Casei-me com uma mulher maravilhosa, com todos os atributos da esposa ideal, porém o sexo era apenas complemento. Alguns meses após o casamento, fui buscar nas casas de má fama p que não tinha em casa; lógica dentre 90% dos casados. Em seguida tive amantes, algumas boas, outras péssimas; o gosto de variar me atraia. Em casa tudo ia bem, menos o sexo. Para o mundo meu casamento era dez, para eu...
Um dia encontrei uma menina, mais uma conquista. Logo no primeiro encontro ela me mostrou o céu; no segundo fiquei mais doido ainda; no terceiro me apaixonei. Ela é especialista, dessas que o homem paga caro.
Quando levei à minha esposa meu caso, o único que narrei em oito anos, ela sentiu que estava com uma concorrente, e aí melhorou, chegando ao ponto ideal. Passamos alguns dias e ela não aceitou meu caso, separamos. Hoje ela é feliz, juntamente com seu novo marido forma um casal harmónico, enquanto eu casei-me com minha amante.
Faço uma crítica direta aos homens: esqueçam estas história de moral e bons costumes. Respeitem à s pessoas, os filhos; mas faça de sua mulher a companheira que você realmente deseja. Àquela que vai para cama e te faz um homem de verdade. Deixe de frescura, orgulho. Cuide dela, peça para que ela seja vulgar, vestir roupas sensuais, dançar pra você e tudo mais. E quando forem fazer amor, faça direito. Nada de pressa, respeite os desejos de sua parceira. Esqueça essa história de machismo, mulher é sempre romàntica, todas, por isso, flores são o melhor presente. Invente, faça surpresas, inovo seu relacionamento, valorizando-o. Hoje eu percebo o quanto fui incompetente com minha ex-esposa.
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