Enquanto caminhavas pelos campos em flor,
Por entre lírios, rosas, dálias, lilases,
Eras o alvo dos olhares dos rapazes,
Eras o próprio símbolo do amor.
Esse teu andar garrido, delicado,
Tua graça singela, inocente,
Atrai a atenção de toda a gente
E, alheia a tudo, passeias no relvado.
Quantas paixões, quantos amores despertados,
E tu nem mesmo tomas conhecimento.
Mais bela és que as flores e, no entanto,
Pareces não saber de todo o encanto
Que possuis... e em desalento,
Admira-te um séqüito d’apaixonados.
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