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Contos-->O desconhecido -- 30/06/2003 - 21:55 ( Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando o vi pela primeira vez achei estranho aquele sentimento que senti por ele, como poderia achar alguém atraente sem conhecer direito, não estava me reconhecendo, sempre fui muito seletiva com as pessoas com que me relacionava.
Em caminhava pela rua de volta para casa com os pensamentos perdidos em tudo que tinha acontecido naquele dia e nos dias que passaram, pensava no meu ex que tinha terminado comigo fazia um mês, me trocou por uma amiga minha e aquilo que fazia ferver de raiva.
Eu estava com a auto estima baixa por causa disso, precisando me sentir amada, desejada e querida novamente, estava afim de uma virada na vida.
No caminho para casa percebi que um rapaz estranho me olhava mesmo estando do lado contrário da rua e do jeito que ele botava os olhos em mim (nós mulheres temos a capacidade da dissimulação bem desenvolvida, quando eles pensam que não estamos olhando ou percebendo é nessa hora que estamos mais prestando atenção) fiquei com um certo medo dele ser um tarado desses, mas o medo logo passou quando percebi que ele tentava ser discreto e mesmo não conseguindo vê-lo direito (só o enxergava com a visão periférica) achei que não teria perigo nenhum.
Atravessei a rua e o desconhecido veio logo atrás de mim, percebi que ele parou para amarrar os sapatos só para ficar perto e se fosse em outros tempos eu teria saído correndo ou entrado em alguma loja pelo medo de ser assaltada ou raptada, mas aquele desconhecido estranhamente despertava em mim o desejo de ser vista e reparada.
Não pude ver seu rosto quando passei por ele e fiquei curiosa em saber como ele era, me sentindo atrevida e sabendo que ele não tiraria os seus olhos de mim, revolvi andar bem rebolante, de um jeito que enlouquece os homens (nunca fui afeita a isso, mas aquela situação havia despertado um lado sedutor que sempre tinha permanecido adormecido em mim) e sabia que o meu perfume chegaria até ele.
Podia sentir ele se aproximando e cheguei a pensar que ele me tocaria para puxar papo, mas ele apenas passou por mim me encarando (sentia um misto de medo e excitação, algo que alterava minha rotina de pensamentos e me fazia sentir estranhamente bem) e trocamos olhares, um daqueles olhares rápidos porém penetrantes e senti um arrepio frio na espinha( parecido com aqueles que eu tinha quando era criança e fazia minhas traquinagens).
Ele passou por mim e não teve coragem de puxar papo, talvez com medo da minha reação, talvez com medo que eu não desse bola, confesso que essa não era uma situação nova para mim, sempre me senti reparada e já recebi cantadas muitas vezes( do tipo” oh morena gostosa”).
Resolvi passar por ele mais uma vez, só para tirar uma onda e fazer um charme, aquilo tinha feito bem para o meu ego e afinal de contas bem que ele era bonitinho e lá fui eu rebolante mais uma vez.
Pena nunca mais ter visto aquele desconhecido, pois tomamos caminhos diferentes, mas nunca vou me esquecer daquele desejo de me fazer notar e ser desejada por alguém que nunca tinha visto na vida.
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