Se não fosses tu, mui certamente,
Não haveria, talvez, um só coração
A sentir o peso da opressão,
A sofrer tanto e tão profundamente.
Porque, quando te acercas de um coitado,
Eis que ele vive um sofrimento
Que o transforma logo, num momento,
Deixando-o muito triste, desolado.
Aquele que o verdadeiro amor descobre,
Que compartilha, de si, todas as horas
E a ti não conheceu jamais,
Não poderá um dia ser capaz
De saber o quanto tu devoras,
Oh! Solidão, a paz e o sossego de um pobre.
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